Coordenador técnico no clube - por Humberto Gomes

Sensibilizado pelo movimento Ideias para o Basquetebol, em boa hora criado e que se saúda, e reportando-me à comunicação que  tivemos oportunidade de apresentar, a convite da FPB, no evento, intitulado "Basquetebol Primeiro", em Coimbra, Julho/2015, ocorreu-nos emprestar o nosso modesto contributo a uma causa (!), que, estamos crentes, em muito poderá vir a beneficiar o desenvolvimento técnico dos nossos jovens jogadores e em cada um dos clubes onde desenvolvem a prática do jogo.

Desenvolvimento dos jogadores que, com natural sequência, corresponderia à melhoria do nível técnico das nossas equipas, contribuindo para um também mais qualificado nível competitivo.

A implementação, em cada um dos clubes, da figura do coordenador técnico, instituindo-se uma linha metodológica no processo ensino/aprendizagem dimensionada a montante - estrutura técnica da FPB/ENB -, quiçá mesmo com incentivos de natureza pecuniária para a realidade dos quadros técnicos dos clubes, é um desígnio que apelidamos de nacional.

Pensamos que, com plena atualidade e em consonância com as recentes alterações dos conteúdos dos cursos de grau I agora dados a conhecer, quer aos coordenadores de estágio, quer aos diretores de curso e diretores técnicos regionais.

Em linhas gerais sugere-se aos coordenadores técnicos que sejam suficientemente competentes para um adequado planeamento, estabelecendo objetivos e definindo as correspondentes estratégias, que deverão corresponder à sua concretização; implicando também uma adequada sistematização e organização, em harmonia com a realidade do clube; clube que se deseja tenha um objetivo responsável e realista, assente num determinado ideal e com uma exemplar conduta moral.

Fruto de uma Ação por nós vivenciada, e porque a propósito, ocorreu-nos trazer ao palco dos acontecimentos um excerto de uma publicação da nossa companheira Isabel Ribeiro dos Santos, relacionados com a coordenação técnica, e que citamos: "Existem 2 documentos a que damos a maior importância no início de um ciclo de trabalho: o plano de atividades e o documento técnico orientador. O primeiro é aquele que traça o caminho que queremos percorrer; que organiza os elementos disponíveis e que projeta os objetivos que pretendemos alcançar. Quando falamos de elementos disponíveis, estamos a falar daqueles fatores que determinam o desenvolvimento do nosso trabalho: os treinadores; os praticantes; a quantidade de treino e que competição vamos ter para cada uma das equipas e por fim quais os eventos desportivos que pretendemos organizar ao longo do ano.

O segundo (documento técnico orientador) reflete a nossa filosofia de jogo, as nossas ideias e os conceitos que queremos transmitir às nossas equipas. Mas é um documento "aberto", isto é, sujeito a análise e discussão sobre o seu conteúdo e podem surgir alterações ou adaptações que o melhorem fruto da evolução do jogo, ou das nossas equipas" (Santos, 2012, p. 16).

Naturalmente que ao coordenador técnico estará implícita a decisiva tarefa de ser capaz de, perante cada um dos treinadores dos escalões de formação do clube, os orientar, de forma adequada e assertiva, step by step, em cada um dos patamares competitivos, por forma a serem (muito) capazes de assumir o compromisso de treinar, orientar e, em todas as situações, acompanhar a equipa.

Quase apetecendo dizer que, com um modelo deste estilo, não andaríamos longe de preconizar que se conseguiria uma regra de ouro em termos competitivos, correspondendo ao percurso, do talento à excelência: O programa exige, o treinador indica e o atleta cumpre !

Enquanto coordenador, treinador, agente de ensino, continuaremos com a firme disposição e a ter presente que: Ensinar é ajudar a descobrir e que Quanto mais ensino, mais aprendo.

Que bem merece, afinal, o mais completo desporto de equipa: o Basquetebol !

Referências

Santos, I. R. (2012). A coordenação técnica: um processo inevitável ao desenvolvimento sustentado do clube (parte 1). Revista O Treinador, 49, 16–20.


por Humberto Gomes
27-06-2021






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