Não é só Basquetebol: Estes são os 7 Poderes que levaram o Vasco da Gama à Glória – por João Oliveira
O Vasco não ganhou só a Proliga. Ganhou corações. Estes são
os 7 superpoderes que explicam porquê.
No dia 1 de junho de 2025, o Sporting Clube Vasco da Gama
escreveu uma nova página gloriosa no basquetebol português. Uma equipa, um
sonho, uma vitória que se torna legado.
Este texto é uma homenagem a quem acreditou — e uma viagem
aos sete poderes que fazem do Vasco da Gama mais do que um clube: uma escola de
valores, uma força que inspira dentro e fora do campo. Um verdadeiro símbolo de
superação, identidade e inspiração.
Celebramos com orgulho. Vibramos com alegria. Sentimos
gratidão.
Começando pelo “fim”. Aos jogadores, aos treinadores, aos
dirigentes, aos sócios, simpatizantes e adeptos PARABÉNS peço que conseguiram,
pelo que representa e o que podemos aprender com isso e, ao fazê-lo, poder
tornar o mundo melhor. No dia 1 de junho de 2025, o Paulo Vieira, o Felizardo
Ambrósio, o José Cardoso, o Ivo Coutinho, o Akoi Yuot, o Filipe Ferreira, o
Rúben Nobre, o Sandro Madureira, o Victor Nwagbaraocha, o Kaua Domingues, o
Diogo Santos e o Arthur Gomes, comandados pelo Nuno Freitas, Rodrigo Oliveira e
José França obtiveram um resultado que ficará escrito na história do Sporting
Clube Vasco da Gama.
O que podemos aprender com o Vasco da Gama? Quais são os
seus poderes?
Enquanto miúdos, podemos rever nos super-heróis os nossos
próprios poderes e ao fazê-lo sentirmo-nos confiantes e capazes.
Partilhar os poderes do Vasco da Gama também poderá ter esse efeito, o de podermos reconhecer em cada um dos nós esses poderes e, consequentemente, sentirmo-nos capazes e confiantes de enfrentar os desafios das nossas vidas.
1. Esperança – A luz ao fundo da rampa.
Imagine uma pessoa numa cidade movimentada, com muito
trânsito, a caminhar pelo passeio, a refletir sobre a vida e o que poderá a não
estar a correr como desejava. Essa
pessoa poderá estar a caminhar cabisbaixo, triste, sem confiança e de repente,
essa pessoa entra num túnel com uma rampa inclinada, a luz esbateu-se,
parecendo aumentar a tristeza mas, ao fim do túnel há luz e essa luz faz essa
pessoa começar a olhar para cima, fica curioso com o que o espera do outro lado
e quanto mais desce a rampa mais a luz que se tinha esbatido se torna em luz e
essa luz em esperança num futuro melhor. Um dos poderes do Sporting Clube Vasco
da Gama é esse mesmo, o Poder da Esperança, o poder da fé num futuro melhor,
seja em que plano for, desportivo, profissional, familiar, financeira.
Certa vez, um Vascaíno partilhava que os jogadores ao descer a rampa pareciam que apanhavam uma injeção e que ao atravessá-la mudavam, melhoravam. O Vasco da Gama dá as boas-vindas ao poder da esperança, coloca-nos em contacto com ele e ao fazê-lo, as pessoas levantam a cabeça, erguem-se e acedem à sua própria confiança.
2. Trabalho de Equipa – “Um por todos, todos pelo Vasco.”
Quem já jogou no Vasco sabe que não vai a jogo sozinho. Os jogadores vão a jogo com os colegas de equipa, com os treinadores, com os dirigentes, com os adeptos e este poder está refletido do seu lema, “um por todos, todos pelo Vasco”. O poder de cada um estar disponível para contribuir para o que todos desejam e o que todos querem estar alinhado com o Clube, com o seu presente, com o seu passado e com o seu futuro. Sendo o todo sempre diferente da soma das partes, podendo ser superior ou inferior, o Vasco da Gama tem repetidamente demonstrado a capacidade para tornar o todo superior à soma das partes. Por isso, outro dos poderes que elejo é o poder do Trabalho de Equipa, o de juntos somos mais fortes, o de juntos vamos mais longe. Ver o Vasco jogar e os resultados que consegue pode ajudar-nos a reconhecer em nós o poder do Teamwork. Que experiência poderíamos ter no presente momento e no futuro, se nos Clubes, mas também no nosso trabalho tivéssemos a possibilidade de viver este poder, o do trabalho de equipa?
3. Diferença – O estilo único que poucos entendem, mas todos respeitam.
Quando era miúdo, defrontei várias vezes o Vasco da Gama. Frequentemente,
escutava que não sabiam jogar, que aquilo não era Basquetebol. Anos mais tarde,
o Sr. Manuel Nunes convidou-me para treinar os seniores e a única preocupação
era que não descaracterizasse a forma de jogar do Vasco. Confesso que sempre
admirei a imprevisibilidade e capacidade de adaptação das equipas do Vasco, que
a estudei, que ao ver os jogadores a jogar 3x3 antes dos treinos e 5x5 durante
os treino e jogos comecei a reparar em padrões de jogo e que, e aos poucos, fui
compreendendo. Anos depois, regressei ao Vasco, pela mão de um antigo colega de
equipa, de um ex-jogador o Sr. José Pedro Cruz e voltei a ouvir o que tinha
escutado enquanto miúdo, que o que jogávamos não era Basquetebol.
Este poder não é de agora, mas de sempre, o próprio hino
refere-o, “dá gosto ver, a quem compreender, ver o Vasco jogar”. Ou seja, o
Vasco da Gama celebra o poder da diferença o que, em vez de seguir o que todos
fazem se atrever a fazer diferente, a jogar diferente. O Vasco da Gama ajuda-nos a contactar com o
poder de nos atrevermos a fazer diferente, mas
também aceitá-la, a diferença.
4. Eficiência – Fazer muito com pouco. Sempre.
Por vezes, é nos oferecida a resposta de não possuirmos
orçamentos, condições, instalações, …, e sendo elas uma realidade, podemo-nos
esconder nessas desculpas. Independentemente do contexto, dificilmente
estaremos num contexto com as situações ideais. Por isso, a questão nem sempre
é em que condições estamos, mas como lidamos com elas. Outro dos lemas do Vasco
da Gama é o de “fazer muito com pouco”, o de nos preparar mentalmente para tentar
fazer muito, por piores que sejam as condições, em vez de nos resguardarmos na
desculpa da falta de condições e, com isso, nos ajudar a aumentar a probabilidade
de conseguir muito. Este é o poder a eficiência. Como seriam os clubes, as
famílias e as empresas se acedessem ao poder da eficiência?
5. Persistência – Os míticos “5 minutos à Vasco”.
Os exemplos de estar em desvantagem são muito e recorrentes,
ao longo da sua história. Pessoalmente, poderia reportar uma centena de situações.
Recordam-se da saga do Rocky? Normalmente, está em desvantagem no primeiro
assalto, depois abre o sobreolho, mais tarde cai ao tapete vezes sem conta, mas
levanta-se. Quando parece que perdeu e está no chão, abre ligeiramente o olho,
vê alguém ou recorda-se de alguma situação que lhe dá uma força onde todos viam
fraqueza e acaba por vencer. O Vasco da Gama está constantemente em contacto
com situações em que tem de fazer força das fraquezas, o de nunca desistir, o
que na pior das hipóteses poder ter um último “assalto” avassalador (“5 minutos
à Vasco”) e acabar por vencer. Este é o poder da persistência, da resiliência. No
Vasco, não se joga só com a bola — joga-se com o coração
6. Diversão – Joga-se a sorrir, joga-se com alma.
Recordo estar a descer as escadas no Pavilhão de Matosinhos,
faz uns anos, e uns Pais de uma jogadora me abordarem, a dizer que “dava gosto
ver o Vasco jogar”. Voltámos ao hino, sempre excelentemente interpretado pela
D. Elvira que refere “é bonito ver…” . Ou seja, os jogadores do Vasco
acreditam, jogam em equipa, fazem-no de maneira diferente, eficientemente,
denotam resiliência, mas também se divertem a jogar e, ao fazê-lo, ajudam-nos a
aproximarmo-nos de desfrutar de momentos e experiências fantásticas. Este é o
poder da diversão que, como tudo, é contagiante.
7. História – Cem anos, mil razões, uma só paixão.
Com mais de cem anos, com mais de cem triunfos. Estou certo de
que não foi muito diferente no passado dia 1 de junho de 2025. Isto é, começando
pelos seus Presidentes Alves Teixeira, Manuel Nunes, José Pedro Cruz, Diamantino Carmo, Manuel Rodrigues
(todos com excelentes desempenhos) e todas as suas direções, passando pelas centenas
treinadores, continuando nos milhares de jogadores, ao entrar em campo, todos
vão a jogo e todos apoiam, os do presente, mas também os da sua história. O
Vasco tem o Poder da História, tal como cada um de nós tem a sua história, e
quando vão a jogo vão todos. Senti isso na fase final de Sub18, estou certo de
que também o sentiram do passado dia 1 e isso ajuda e muito. Por isso, uma vez
do Vasco, sempre do Vasco.
Porque o Vasco não joga só para vencer — joga para inspirar.
Qual destes poderes é o teu? Identifica-te nos comentários
com o número e partilha com os teus colegas de equipa
por João Oliveira
5-06-2025