Reflexão
do basquetebol que vi durante os estágios e, depois, antes da pandemia.
Desde a época
de 2004/2005 até à época de 2009/2010, exerci funções de Coordenador de Estágios
de Treinador Nível-I e, durante este período de tempo, percorri 13.582 km,
assisti a cerca de 720 treinos e jogos de diversos escalões, tendo visitado
todos os clubes da área da minha Associação e, durante um ano, 3 Estagiários da
Associação de Basquetebol de Viseu.
- melhorem o seu comportamento, durante o treino e jogos; e
- não repitam os erros do passado.
QUAIS FORAM DIFICULDADES DEMONSTRADAS PELOS TREINADORES ESTAGIÁRIOS?
As grandes dificuldades demonstradas pelos Estagiários (e que penso que ainda hoje se verificam, por o que tenho assistido e tomado conhecimento) foram as seguintes:
- Na condução do treino, e na forma de intervir, bem como se posicionam no campo, durante o mesmo;
- Na passividade que têm durante grande parte do treino;
- No controle disciplinar do treino, por clara falta de regras que não foram definidas;
- Na falta de definição dos conteúdos a treinar para a sua equipa, mesmo possuindo alguns (muito poucos) um documento orientador de trabalho elaborado pelo Coordenador Técnico do Clube, sendo depois deixados ao abandono, com pouco ou nenhum acompanhamento, da parte destes;
- Na escolha de exercícios adequados ao escalão que treinam, indo pelo caminho para eles mais fácil, que é o de copiar exercícios de escalões superiores e completamente inadequados ao escalão que treinavam;
- Na demonstração e correção dos gestos técnicos;
- Na passividade com que assistem aos erros técnicos, raramente corrigindo, numa posição de braços cruzados, como se nada se passasse, SENDO O PRÓPRIO TREINADOR A ENSINAR O ERRO, NO ENSINO DE UMA TÉCNICA, PELA SUA NÃO CORREÇÃO, CONSOLIDANDO ASSIM O ERRO;
- Na dificuldade que sentem quando treinam equipas de Minibasquete, dada a pouca informação que lhes era dada, na altura na Parte Curricular;
- E sobre o Minibasquete, sou da opinião de ser importante existir o Curso (Curso Nivel-0 ou o Curso de Monitor como existiu no passado) adequado a todos os que quisessem treinar este escalão.
- Na pouca organização, raramente têm em sua posse a PASTA DO TREINADOR, onde deviam c o n s t a r dados referentes aos contactos com os pais dos atletas, folha de registo de assiduidade, plano mensal de treinos e jogos e, muitos deles, sem uma Unidade de Treino (ou uma folha) escrita e organizada. Isto, na m a i o r i a das vezes, levava-os a abandonarem o treino, para ir buscar material em falta, para a sua realização;
- Na dificuldade de como ensinar o ONDE o QUANDO o COMO e o PORQUÊ no ensino das técnicas;
- Na forma como exigem durante os jogos aos seus atletas, coisas que certamente ainda não lhes foram ensinadas e, se o foram, não estão ainda consolidadas;
- Naturalmente que este tipo de
situações difere consoante os Clubes e o enquadramento e acompanhamento, que têm
dos Coordenador Técnicos.
Se não acontecem, o que foi feito para alterar a situação?
Se ainda acontecem, o que é que está planeado fazer-se, para melhorar a situação?
6-06-2021
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