BASQUETEBOL 5 ESTRELAS – por João Oliveira

Iremos apresentar uma ideia K.I.S.S. (Keep it Keep It Simple, Stupid), portanto, simples, mas ambiciosa e transformadora para o Basquetebol Português. Está curioso?

Começo com 3 questões:

  • Como é que as pessoas do Basquetebol se poderiam sentir se nos juntássemos em volta de uma ideia aglutinadora e mobilizadora?
  • Qual poderia ser o impacto de uma ideia com capacidade para as pessoas cooperarem, estarem comprometidas e serem criativas?
  • Quais os potenciais efeitos de uma ideia que realmente ajudasse a alcançar resultados que todos desejamos?

 Antes de apresentar a ideia:

  • para ela contribuíram 40 anos de experiência no Basquetebol, com milhares de conversas, clinics, livros, viagens, (…). Agradeço a todo esse conjunto de experiências e pessoas;
  • farei uma pequena reflexão em torno de 5 “verdades”; e
  • irei clarificar o sistema-alvo de intervenção


1ª VERDADE 

Desde que me lembro como Treinador, escuto de que o desenvolvimento do Basquetebol será tanto maior quanto maior for a sua base.

Muitas vezes, diversas pessoas utilizam a imagem de uma pirâmide para ilustrar esta ideia. Considere-se o ponto mais alto de uma pirâmide, agora retire-se tudo o que o eleva. O que se vê? Provavelmente nada, porque esse ponto estará ao nível do solo. Ou seja, para existir o “pico da pirâmide” é necessária uma base alargada, que sustente a consequente edificação e projeção desse “pico”. Por isso, uma verdade é que para haver um “pinnacle” (um topo) é necessária uma base e que quanto maior / forte for essa base, mais alto poderá estar esse pico. Pensando-se numa árvore, quanto maior e alargada for a sua raiz, mais segura e capaz de aguentar as tempestades será essa árvore.

 

2ª VERDADE

Podemos aprender por experiência e erro, o que poderá ter ajudado a fortificar a ideia do “hard work pays off” ou de que o trabalho árduo compensa.

Contudo, se a esse trabalho árduo e intenso juntarmos a prática deliberada – o “work smarter” - será mais provável aprendermos e desenvolvermo-nos. Porém, se pensarmos numa pessoa marcante numa determinada arte, por exemplo, no pintor, escultor e arquiteto Miguel Ângelo, rapidamente podemos verificar que começou como aprendiz de um mestre, Domenico Ghirlandaio, que depois o encaminhou para outro grande mestre Lorenzo de Médici. Ou seja, todos necessitamos de estímulos em quantidade, mas também em qualidade – estímulos deliberados – e estes, só os grandes mestres conseguem oferecer.


3ª VERDADE

O passado está repleto de excelentes jogadores que só alcançaram o que conseguiram, quando tinham e trabalharam em equipa. Mesmo Michael Jordan apesar de liderar diversas áreas da estatística da NBA, nada ganhou, nas primeiras épocas. Necessitou de uma equipa com talento e muito trabalho para ganhar. Este e tantos outros exemplos mostram que sozinhos, podemos ir mais rápido, mas juntos conseguimos ir mais longe, como tenta destacar o famoso provérbio Africano - “If you want to go quickly, go alone. If you want to go far, go together”. Ou seja, se queremos ir longe, necessitamos de cooperação, colaboração, união, trabalho de equipa. Se juntarmos esta ideia à 2ª verdade, então necessitamos não só de bons mestres que proporcionem a prática deliberada, mas bons mestres que trabalhem em equipa. No caso do Basquetebol, necessitamos de bons treinadores (mestres) que trabalhem em equipa e nesta lógica é necessária coordenação.


 4ª VERDADE

Regra das Dez Mil Horas. Para se conseguir a excelência são necessários bons mestres que proporcionem prática deliberada (qualidade de trabalho), mas também necessitamos de quantidade, até porque são necessárias 10.000 Horas de prática deliberada, para sermos excelentes em qualquer atividade. Ou seja, se desejarmos a “perfeição” necessitamos de praticar ou, se se preferir, “practice makes perfect”.


5ª VERDADE

Recordo algumas conversas com Treinadores que reportam que a distância lhes condiciona os contatos que proporcionam as dificuldades necessárias para as suas equipas se desenvolverem. “Necessitamos de jogar com os melhores, para evoluirmos” – é algo que recorrentemente escuto. Esta ideia encontra eco na tendência da natureza humana em permanecer na zona de conforto, mas paradoxalmente crescermos quando saímos dessa zona e isso exige esforço, frequentemente.


SISTEMA-ALVO

Por formação profissional, sou tentado a pensar em sistemas. Uma das formas de representar um sistema é através de um círculo (figura 1). Por outro lado, podemos entender que todo o sistema existe no ambiente do sistema acima dele e é o ambiente para o sistema abaixo dele, criando-se um núcleo hierárquico (figura 2). Esta noção de núcleo hierárquico pode ajudar a intervir no sistema. Como?

Identificando o sistema intermédio e intervindo nesse sistema, podemos disseminar o efeito da intervenção por todo o núcleo. Concretizando, se olharmos para a figura 2, conseguimos identificar 3 sistemas: um o do círculo interior, outro o círculo intermédio e o terceiro o do círculo exterior. Uma intervenção no círculo exterior terá impacto nesse sistema e no sistema fronteira, no caso o círculo intermédio. Outra intervenção desenhada para se dirigir ao círculo interior afetará quer este quer o círculo intermédio.

Que intervenção poderá ter impacto em todo o núcleo hierárquico e por isso ter um impacto disseminado em grande escala?

No sistema que faz fronteira não com um sistema, mas com dois sistemas e este é o sistema intermédio. No caso do basquetebol. O sistema interior poderá ser composto pelos jogadores e equipas, o sistema intermédio pelos Clubes e o sistema exterior pelas Associações e Federação. Neste caso, se desejarmos intervenções no Basquetebol, devemos dirigi-las para o sistema intermédio, para os Clubes (figura 3).

Figura 1 - Representação visual de um sistema.

 

Figura 2 - Sistema hierárquico.

 


Figura 3 - Sistema hierárquico do Basquetebol e sistema-alvo - os Clubes.

  

CONCRETIZAR

Agora sim e justapondo as verdades ao sistema-alvo, estamos prontos para partilhar a ideia, a do BASQUETEBOL 5 ESTRELAS.

O BASQUETEBOL 5 ESTRELAS assume como alvo a intervenção dos Clubes e, por isso, poderia designar-se de CLUBES 5 ESTRELAS e traduz-se numa imagem futura em que os Clubes recebem 1 Estrela, quando tiverem ...

  • 100 MÍNIS = 1 ESTRELA


  • TREINADORES DE NÍVEL 3 EM TODOS OS ESCALÕES = 1 ESTRELA
  • 1 COORDENADOR TÉCNICO DE NÍVEL 3 = 1 ESTRELA





  • 12 JOGOS INTERNACIONAIS, NOS ESCALÕES DE FORMAÇÃO, POR ÉPOCA = 1 ESTRELA

FINANCIAMENTO 

Para concretizar o programa BASQUETEBOL 5 ESTRELAS são necessários meios e a proposta de financiamento pode passar por 50% das verbas da "Placard" serem indexadas a este programa.

O Programa BASQUETEBOL 5 ESTRELAS ...
  • desperta sensações agradáveis?
  • (re) acende a paixão?
  • ativa os talentos do Basquetebol?
  • representa servir e contribuir para o Basquetebol?

Identifica-se com a ideia BASQUETEBOL 5 ESTRELAS?

Se quer tornar esta IDEIA em REALIDADE, comece agora, PARTILHANDO.


por João Oliveira

18-07-2021



 

 

 

#basquetebol #basketball #ideiasparaobasquetebol #baquetebolqueconta #juntosvamosmaislonge #basquetebolasuamedia #basquetebol5estrelas #ideias