Como habitualmente, acompanhei os recentes campeonatos de Espanha de Sub 14, com muita atenção.
A qualidade dos intervenientes masculinos e femininos não deixa qualquer dúvida quanto ao atraso a que, por uma razão ou por outra, parecemos irremediavelmente estarmos condenados.
Amadou Traore, foi MVP do campeonato com 32 créditos de
valorização de media, contribuindo para isso a posição de melhor ressaltador e
o quinto máximo marcador de pontos. O seu companheiro Declan Duru também ficou no
“Top10” coma valorização de 17 créditos por jogo (figura 1).
Contudo, o objeto desta análise é o sector feminino, optando por fazer o “scouting”
da equipa U14 do Valência, por apresentar apenas atletas desenvolvidos na sua “cantera“
(formação) e, por isso, mais realista, para um eventual transfer para
a nossa realidade.
Isto
permite aproveitar conhecimentos, competência e experiências, com o objetivo
claro de que é possível e desejável que as/os nossas/os jovens passem a treinar
e a jogar na mesma “onda“.
O
scouting que aqui apresentamos diz respeito ao jogo da final entre a
Fundation Valencia Baskete e o Unicaja Andalucia, com o resultado final de
46-52, referente ao Campeonato Infantis Femininos da época 2020/21, realizado
em Marim com a participação de 32 equipas.
A - # 7 posições de 1x1
O jogo ofensivo da equipa Sub 14 Femininos do Valencia têm por base o 1x1, tanto em ações com bola, como sem bola.
Nesse modelo de jogo, procuram respeitar os espaços de forma eficiente (Figura 3), o que lhes dá dinamismo no jogo e cria a oportunidade para as jogadoras com bola aproveitarem as vantagens criadas, de forma direta ou indireta (pela ação dos companheiros), o mesmo se passando com as jogadoras sem bola, ao procurarem ter sempre linha de passe abertas para uma receção ideal.
B - # Condução da bola para o
ataque
Lateral /meio – a bola tanto é conduzida tanto pelos corredores laterais, como pelo corredor central (figura 4).
C - # Ataque Posição
Jogam com um ataque de posição assimétrico, com a distribuição espacial de 4 abertos (mais espaços) e um jogador interior (5) do lado contrário da bola.
Bola no Meio
Encontramos dois padrões, ao
nível da ocupação do espaço ofensivo, quando a bola está no meio (figuras 5 e
6).
- “4 around”, bola no meio.
- 5 lado contrário da bola.
Bola na Lateral
Visualizamos dois padrões,
ao nível da ocupação do espaço ofensivo, quer quando a bola está no corredor
lateral (figuras 7 e 8).
- “4 around”, bola na lateral
- 5 lado contrário da bola
D - # Ataque direto 1x1
Na transição defesa /ataque,
muitas vezes, as jovens do Valência com bola tentam superar diretamente o
defesa a partir do drible, mantendo o corpo flexionado e controlando a bola.
Aproximando-se do defensor, para limitar a sua reação, e ultrapassando-o para
atacarem o cesto de forma vertical o cesto e assim ganharem vantagem. Quando a defesa fecha um dos lados,
usam o drible com a mudança de mão preferencialmente pela frente (”Crossover”) - figura 9.
Figura 9
Quase sempre, o atacante com bola procura tomar boas decisões (lançamento, passe ou a penetração) e aproveitar as vantagens de forma agressiva e determinada.
As atacantes dão muito ênfase aos ritmos do jogo: Acelerar vs. Desacelerar.
Reação a partir do 1x1 na zona central de
frente para o cesto, no perímetro, com as respetivas reações (nas figuras 10 e
11, podemos visualizar diferentes reações, pelas diferentes cores).
Ao atacar o defesa direto,
o atacante procura provocar desequilíbrios no defensor direto:
- Ser uma ameaça constante.
- Ganhar faltas.
- Criar um bom lançamento.
- Fixar um defensor indireto.
- Jogar com companheiros
- Facilitar uma rápida assistência.
Bola na lateral:
No jogo de 1x1 a partir do drible útil, a
procura do lançamento é a primeira prioridade, com a máxima economia de ações
(driblar é um meio e não um fim).
Os atacantes penetram com o objetivo de finalizar, sem
anteciparem o passe e baixam a velocidade, quando vão realizar o passe, para
ter maior eficácia e evitar as faltas ofensivas.
- Importância dos passes do jogador que realiza a penetração e do que recebe a assistência (figura 12), bem como da mobilidade dos jogadores sem bola ao drible. Criatividade.
- Na posição de tripla ameaça em drible,
procuram ver todo o campo.
- A partir da posição de tripla ameaça em drible útil, atacam a defesa com o recurso ao drible direto ou cruzado, recorrem a combinações de mudanças de mão em drible.
- Amplitude de movimentos. A mudança direção e de mão pela frente só é possível porque o defesa não pressiona.
- Mudança Ritmo (rápido lento e bola viva)
- Mudança altura (alto, médio, baixo)
- Movimento dos pés.
Como leem a defesa enquanto driblam?
Se …
- o adversário dá espaço … lançam
- reagem ou defende em cima …penetram
Conseguimos verificar mais três aspetos a destacar:
- Usam poucos dribles, para atacar
cesto
- Procuram contacto para ganhar vantagem,
lança ou passa.
- Na transição para o ataque em drible,
mudam de mão no drible e dissociam o trabalho de pés e drible (um drible 2/3
apoios).
E - # MUDAR o LADO BOLA
O conceito de mudar o lado da bola é usado
frequentemente, refletindo uma ação coletiva de passar a bola de uma metade do
campo de ataque para outra oposta ou passar do lado forte para o lado fraco do
ataque. Desta maneira, os jogadores que estavam na defesa em posições de ajuda
têm de passar a pressionar e os do lado bola passam a ajudar, a ideia (desafio)
é que algum deles se atrase ao chegar à sua nova posição e permita vantagens a
quem ataca.
A ideia de que o jogo se desenvolve só de um
lado do campo permite facilitar a tarefa à defesa. Se mudamos rapidamente o
lado da bola (mediante um passe ao meio ou diretamente lado a lado) criamos
boas opções ao ataque, permitindo que o último jogador concluía a ação.
F - # Drible lateral e muda
lado da bola
Neste
exemplo, o jogador 01 em drible lateral passa para 02 e este muda o lado da
bola, sendo que 01 e 02 se afastam e 04 repõe a posição de 02 (movimento
jogadores sem bola: passar e movimentar). Enquanto a bola está a mudar de lado,
05 sela o seu defensor e abre uma linha de passe dentro. Quando a bola chega
dentro, a 05, há 1x1 (Figura 13).
Receber e driblar:
Se 03 não “alimenta” 05 e decide atacar o meio em drible (figura 14), 03 “lê” a defesa e “escreve” o ataque (read & react), mas não o pode fazer de forma automática.
Por
exemplo, no “close out“, quando o defesa X3 se aproxima em demasia da
bola, o atacante 03 reage em conformidade:
- Lança a bola ao solo rapidamente e penetra para o cesto em drible
- Usa o drible direto / cruzado ou o “cross push“.
- Penetração + extra passe.
- Finta lançamento e lança ou penetra direto/cruzado.
No caso do jogador exterior 03 receber, com o poste baixo 05 do mesmo lado (figura 15), o jogador interior ajusta a posição consoante a penetração de 03 for feita pela linha ou pelo meio.
No caso de o jogador com
bola realizar uma penetração, o seu companheiro 05 deve ocupar o espaço que “castigue”
mais as ajudas, assim se …
- a penetração é para o meio, 05 abre fora (pode sair para lançamento curto ou médio). Pode também cortar nas costas dada a dificuldade que coloca á defesa
- se a penetração for pela linha final, o jogador interior 05 sobe ao cotovelo.
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Se 03 devolve a bola para o meio, para 04 (figura 17), e este penetra, o jogador do canto 01 quando recebe o passe tem normalmente um jogador aberto, sem oposição defensiva, e pode continuar o ataque com mais um passe (passe extra) para 02 (figura 18).
G - # 1x1
Técnica /tática Individual
Estático:
Recebe estático e arranca em drible “Cross push“. Com
ou sem fintas, arranque direto/cruzado (figura 19).
Arranque em drible direto (figura
20).
Atacam o “close out“ com
“cross push“ pelo lado donde vem o defesa (figura 21).
CONTRA GESTOS
Sempre que surge um qualquer imprevisto, a equipa Valencia não
deixa de atacar e tem também contra gestos (alternativos) para solucionar o problema.
Nas penetrações para o cesto pelo meio para finalizar 012, quando são parados, rodam para lançar ou passar (figura 22).
Movimento de contragesto: o atacante em drible pára com os apoios 012 e roda, passa ou lança (Figura 23).
Pára
com os apoios 012 e lança com trabalho pés, podendo sair aberto /cruzado/ roda para dentro.
Os jogadores devem dominar bem dois ou três contragestos para
continuarem a jogar.
Quando cortam para o cesto: paragens 012, rotação e
lançamento/passe .
# PASSE+ DHO+” boomerang“
O jogador 01 passa a 02 e afasta-se e 02 faz drible bola à
mão (Drible Hand-Off – DHO), seguido de devolução da bola de 03 para 02
(boomerang), conforme se visualiza na figura 24.
Ao receber, 02 pode atacar às receção a linha final, enquanto os colegas reagem ao drible (figura 25). Os jogadores sem bola ajustam. Passe para o perímetro + passe no perímetro (extra passe – figuras 25 e 26)
# BLOQUEIO INDIRECTO
O jogador 01 passa a 02 e faz bloqueio indireto no perímetro, para criar condições para 03 receber e jogar 1x1 no meio (figuras 27 e 28).
# FLARE
Na opção “flare”, ao
passe de 01 para 02, o bloqueio indireto “Flare” de 03 cria condições
para 01 ou 03 jogarem 1x1 (figuras 29, 30 e 31), com as consequentes reações,
anteriormente abordadas.
# LATERAL/MEIO
O jogador 02 penetra, assiste para 01, continuando o movimento sem bola para o canto (Figura 32)
O jogador 01 ataca o cesto (45º), jogadores em bola ajustam, (Figura 33).
# LATERAL /MEIO +DHO
O jogador 01 na lateral passa a 02 no corredor central (Figura 34) .
02 joga DHO (dribla e dá á mão) com 1 (Figura 35).
Jogo de 1x1 no meio com 01 - reação ao drible dos restantes jogadores, Figura
36).
Se a linha de passe de 01 para 02 está fechada, 02 e 03 trocam
no perímetro (figura 37).
# PASSA E MOVIMENTA-SE + DHO (45º)
Movimentos
que facilitam a criação de espaços para o jogo de 1x1 (figuras 38):
- 01 passa e movimenta-se, 03 repõe
- 05 afasta-se para o lado contrário bola
- 01 joga DHO com 04
Na figura 39:
- 04 joga 1x1 (45º), penetra e assiste.
- Ajuste dos jogadores sem bola.
# DHO DIRETO
Introdução
de meios táticos coletivos: Bola á mão (DHO).
Reconhecer os novos espaços criados
para jogar 1x1.
01 joga DHO com 02 (Figura 40).
02 joga 1x1
no meio. Restantes jogadores ajustam (Figura 41).
01 joga DHO
com 02 para o meio (Figura 42).
02 na
lateral (45º) penetra. Restantes jogadores ajustam reagindo ao drible (Figura 43).
#DHO + “BOOMERANG”
Ações de drible bola à mão (figuras 44, 45 e 46):
- 01 joga DHO com 02
- 02 devolve a bola a 01 (“Boomerang” ).
- 01 joga 1x1 no meio. O jogador
que penetra vai forte para o cesto e não antecipa o momento do passe.
- O jogador com bola deve ter a capacidade de ir o mais direto possível (poucos dribles e uso corpo) para atacar o cesto ou criar novos espaços e vantagens para o ataque.
- O seu companheiro tem que trabalhar em movimento, para dar uma linha de passe em função da trajetória do jogador com bola e da ajuda defensiva.
- 03 ajusta a posição e abre linha passe á frente da bola. A regra do círculo (movimento a favor da bola).
Receção em
movimento com regra Passo Zero. Paragens 012 – figura 46.
#DHO CANTO
Ações de drible bola à mão, no
canto (figuras 47, 48 e 49):
- 04 assiste para o lado contrário da penetração.
- Jogadores exteriores em quadrantes diferentes (04 e 03).
- Com penetração para o centro de 04, o jogador sem bola 03 vai ao canto.
- Conceito de “Relocate”, ajuste com mudança de posição.
- Um jogador aberto no lado contrário da penetração. Tipos de passes.
#DHO+ CEGO
Se uma grande parte do jogo é feita a partir
do 1x1, existem também soluções que se iniciam com situações coletivas básicas
mais elaboradas (2x2, 3x3), como drible bola à mão entre 01 e 02, seguido de
bloqueio cego de 05 ao defensor de 01 (Figuras 50 e 51).
#MOVIMENTO NO PERIMETRO
CRIAR 1X1
Aplicam
o conceito de passar e movimentar-se, o que facilita a criação de espaços para
o jogo do 1x1.
A ideia não é fazer cortes por sistema, mas sim reconhecer vantagens com o movimento, de forma a facilitar a ocupação de espaços, de modo que todos os jogadores estejam em condições de terem uma linha de passe eficaz (figuras 52, 53, 54, 55 e 56).
Cortes em diagonal (figura 56).
# CANTO
Passar ao canto e corte em diagonal (figura 57) e 1x1 no canto com as correspondentes reações (figuras 58, 59 e 60).
Penetrar para área pintada e assistir o jogador
interior em movimento.
Tipos de passes.
Passar a partir do drible para o canto, por detrás da defesa,
ao chegar á linha de fundo. Na penetração para a linha final, driblar
fora do corpo e passar quase fora da linha de fundo.
Se for parado pelo defesa tem contra gesto: Inversão 012 (figura 61).
# 2 PENETRAÇÕES SEGUIDAS
Contrariam
o conceito de “não fazer 2 penetrações consecutivas” (figuras 62 e 63).
Na figura 64:
- Com a bola no meio 01 penetra e assiste 03
- 03 volta a penetrar.
# 1x1 Interior :
Reação
interior faz-se em círculos (figuras 65 e 66).
Reação
ao drible para o meio do jogador interior (figura 65).
Reação ao drible para a linha do jogador interior (figura 66).
# BOLA LINHA FINAL
Na
reposição bola na linha final o objetivo é libertar o jogador que repõe a bola
em jogo para lançar (Figura 67).
Bloqueios
indiretos para abrirem linhas de passe no perímetro.
Bloqueios
“stagger” para libertar o lançador (Figura 68 e 69).
JOGAR A A CORRER
Sair a driblar - Quem “ganha” o ressalto sai em drible (Figura 70).
Na formação, faz todo o sentido favorecer a saída do ressaltador em drible, subindo a bola até ao ataque (pelo meio ou pela lateral – Figuras 70 e 71),
como referido anteriormente, enquanto os restantes jogadores ocupam os
corredores livres, o mais rapidamente possível, para garantir opções de
lançamento, em posições de eficácia.
O Valencia Feminino sobe a bola com os jogadores exteriores (01, 02 e 03) e os
jogadores mais altos nunca saem a driblar.
A idade dos praticantes condiciona a saída para o contra ataque a partir do ressalto, com o recurso ao passe. Limitados na
capacidade técnica (passe) e física, a solução mais eficaz é mesmo a saída
direta em drible, que permite todos os
jovens assumirem esta função .
Depois de conquistarem a posse de bola, no ressalto, os jogadores mais altos (05/04) procuram sempre o 1º passe, para os bases.
Sempre que os jogadores do perímetro ganham o ressalto driblam e esse será o prémio por estarem concentrados e determinados na
defesa. O resto dos companheiros atuam em conformidade … correm para
garantirem a superioridade numérica, no meio campo ofensivo e assim
surpreenderem os defesa contrários.
Sair em passe
Após conquista do ressalto defensivo, outra forma de
ganhar superioridade numérica é fazendo um primeiro passe para uma zona de
menor aglomeração de jogadores e que permita rapidamente iniciar a progressão
da bola até ao cesto adversário.
Neste caso, a rapidez do primeiro passe de contra-ataque
é determinante.
No Valencia, sempre que os jogadores mais altos
recuperam a bola procuram sistematicamente o 1º passe. Na receção a maioria
aplica a regra do passo zero, dando mais um apoio (01 e dribla).
Uma vez recebido o 1º passe, podem levar a bola pelo corredor central, em drible ou em passe. Reagem rápido e sempre que possível fazem o 2º passe, normalmente em diagonal, o que implica a intervenção de um terceiro jogador.
Levar a bola pelo meio ou pelas laterais?
Para
garantir a vantagem na reação após a conquista da posse de bola (mudança de
“Chip”), procuram chegar rápido ao ataque.
Como
nem sempre a melhor solução é conduzir a bola pelo corredor central
(aglomeração de jogadores), optam também pela solução da condução em drible ou passe,
na lateral.
Na
condução em drible mudam de mão constantemente, conseguindo assim dissociar os
pés do drible e, por isso, são claramente mais rápidos.
Quem coloca a bola fora?
Repor a bola em jogo sempre com um determinado jogador tem riscos,
porque este “especialista” pode estar longe cesto e, por isso, perde-se tempo.
O Valencia decide ter um ou dois
jogadores para executar essa tarefa,
repondo a bola fora o que está
mais próximo, no momento do cesto sofrido.
Quem repõem a bola deve estar colocado fora da tabela, para poder fazer um passe longo.
1º Passe
Receção em movimento “01” (passe zero) e drible/passe
Com
a alteração às regras, no artigo 25, o jogador em corrida que recebe a bola em
movimento e com um pé no solo entra em drible no contra-ataque e, por isso, agora,
pode fazer uma leitura muito favorável no ataque.
No
passado, o jogador tinha de soltar a bola antes de levantar o primeiro pé que
apoiava no solo. Agora, ao receber em movimento com um pé no solo (apoio 0),
este não conta e poderá dar outro (1) antes de largar a bola. Podem apanhar a
bola em movimento e darem um passo orientado (01), ler a reação da defesa e
mudar de direção para o ultrapassar. A receção em corrida é uma das grandes
vantagens das novas regras.
Finalização 1x0, 2x1, 3x2.
Sempre que possível, a equipa do Valencia procurou jogar a correr de forma a ter superioridade para procurar finalizar em cesto ou ganhar uma falta.
Quando chegam ao
meio-campo, os portadores da bola devem ler a defesa e ver se têm ou não
superioridade numérica.
Se têm, então seguem
atacando até à linha de três pontos (pelo meio ou pela lateral).
A melhor situação de contra-ataque
é a de 1x0 concretizado com uma” bandeja“, mas também são boas situações de
finalização as de superioridade: 2x1, 3x1, 3x2, 4x2.
No caso de a defesa ter três ou mais defesas, começam a pensar a jogar o 2º contra-ataque (“secondary break” /chegar a jogar).
Se tem vantagem, o
portador da bola joga 1x1 “costa-a-costa”, lê a defesa e escreve em conformidade,
isto é: lança, assiste meio ou para o canto.
Uma curiosidade resulta
de o 2º passe ser feito muitas vezes em diagonal.
Procuram colocar a bola dentro em 05, para que este
jogue 1x1.
Defesa individual:
Linhas 1º passe fechadas triangulo (figura 72).
Poste defende ¾ linha bola cesto (figura 73).
Linha 1º passe…”Deny” (negar), cortes lado bola para lado oposto (aclarado) – não percebo isto aqui, não está fora do sítio e linhas de 2º e 3º passe ajudam costas linha final (1 pé /2 pés dentro) – figura 74.
Defesa jogador com bola (figura 75).
Defesa coletiva do
poste (figura 76).
Na penetração para a área pintada, o defesa da 1ª linha de
passe continua a sobremarcar (triângulo), o defesa da segunda linha de passe
ajuda a parar a penetração (Figura 77).
Penetrações a 45º paradas com defesa da
2ª linha passe e rotação. Ao passe para o canto o jogador que saiu a dar ajuda
na defesa da penetração em drible recupera rápido (“close out”), Figura 78.
Canto finta ajuda e recupera (figura 79).
Defesa bola - parar 1 º drible (figura 80).
Defesa postes pela frente com ajuda costas (figura 81).
Defesa na linha da bola (figura 82).
Bloqueio e ressalto defensivo (figura 83).
Zona 122:
O regulamento permite defender à zona
e neste campeonato muitas das equipas sempre que estavam em desvantagem recorreram pontualmente a este tipo defesa. O Valencia na fase final do jogo defendeu Zona 1.2.2. (Figura 84) .
#Conclusão
Não temos dúvida e é claro para nós, que a forma como a formação é encarada
em Espanha não tem nada a haver com a forma como nós a encaramos e a
desenvolvemos por cá.
Ali, desde muitos jovens, as raparigas e os rapazes começam a prática do
basquetebol, através de planos de desenvolvimento de jogadores, com vista à
chegada ao escalão sénior.
Por norma, o jogo é ensinado na base de conceitos, contribuindo para isso não
só a técnica individual ofensiva e a técnica individual defensiva, mas principalmente a Tática "Individual" ofensiva e
defensiva.
Mas o reconhecimento: do amor pelo jogo; porque razões o jogas; que
felicidade tens na prática do basquetebol; o que é que cada um quer atingir
(objetivo), do ponto de vista individual; o seu compromisso; o envolvimento com colegas; o reconhecimento do coletivo (pensar como um uno); dar contributos positivos; saber o que é que
o jogo exige em termos técnicos/táticos; e saber qual a necessidade que cada um precisa
para ter sucesso, treinando de forma afincada para as melhorar é traduzido em
quantidade de horas e qualidade do trabalho.
Não falamos de nada que não seja do conhecimento da maioria, mas só com
esta receita se conseguiu obter resultados no passado e o mesmo acontecerá no
presente e no futuro.
Para ver o jogo, clicar AQUI.
por Mário Silva
4-07-2021
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