Ensinar o basquetebol no caos - por Mário Silva

 

José Luis Alderete Vincente, treinador espanhol com grande experiência, ex-selecionador de Cadete da F.B. Madrid, publicou “Viva el caos”, um livro sobre a sua original metodologia de trabalho nos escalões de formação, onde converte o jovem jogador no protagonista, enquanto convida os treinadores ao debate. 

 

"Quem leia o livro vai encontrar uma reflexão sobre como se consegue que o jovem praticante seja o centro deste método de aprendizagem do jogo. Não é uma metodologia clássica, mas é viável " (Vincent, 2020, p. 11).

  

No site www.100minis.pt, temos divulgado amplamente o podcast Soulbasket /El alma del juego’ onde os treinadores espanhóis compartem conhecimento e dúvidas. O treinador Roberto Rajó “Robezescreveu um artigo no site  https://2sesenta.com/  onde se refere de forma pormenorizada ao livro “Viva el caos”. 

Da leitura do mesmo e do artigo anterior faço também uma critica, analisando com comentários à sua visão do caos, como meio de desenvolvimento de atitudes e capacidades dos jogadores jovens. 

 

Basquetebol é um jogo antidemocrático e antinatural

 

Segundo o autor do livro a modalidade não é democrática no que diz respeito à altura dos praticantes: 

 

“No basquetebol jogam todos, mas maioritariamente só os altos chegam à elite.  

Ser pequeno ou ser baixo é diferente. 

Um baixo só fica pequeno por culpa treinadores” (Vincent, 2020, p. 14).

Figura 1 – Manute Bol e Muggsy Bogues, Washington Bullets. Foto Reddit 2013.

Na minha opinião, está claramente provado que grandes e pequenos podem jogar. Tomemos como exemplo a temporada 1987-1988, da NBA. Pertenciam ao elenco da equipa dos Washington Bullets tanto o mais alto quanto o mais baixo dos jogadores que já participaram na liga. Tyrone Curtis "Muggsy" Bogues tinha apenas 1,60m enquanto o sudanês Manute Bol tinha 2,31m de altura, Figura 1, o  que não os impediu de se destacarem na modalidade. 

Alderete Vincente refere também que em termos físicos a modalidade é muito exigente: 

 

O basquetebol é antinatural. Os joelhos e os tornozelos dos jogadores sofrem muito com a flexão das pernas a que são sujeitos.  

É um desporto demasiado técnico comparado voleibol futebol ou andebol”,

Considero que com o trabalho analítico, nas etapas iniciais da formação, os treinadores procuram introduzir gestos técnicos nos registos motores que não são naturais, o que no jogo complica a execução natural dos movimentos. 

Para driblar ou passar é necessário saber desbloquear o pulso e usar os hemisférios da bola. 

Lançar ao cesto ou driblar a bola implica jogar flexionado” (Vincent, 2020, p. 15).

 

Não é de estranhar que sejam extremamente comuns nos jogadores de basquetebol as dores nos joelhos, especialmente na parte frontal dos mesmos.  

 

O basquetebol é um desporto de pontaria e de entendimento

 

Para Alderete, a pontaria e o entendimento entre os jogadores são fundamentais no basquetebol, enquanto desporto individual que se joga em equipa: 

 

“O jogador basquetebol treina para ter pontaria e para entender o seu momento do jogo (“timing”). 

O basquetebol pelas suas características é um desporto onde o individuo esta acima do grupo sem ser mais importante que o grupo. 

Para entender o jogo os jogadores não se podem esconder. Só a jogar, provar, executar, ensaiar, e a enganar-se para voltar a tentar aprender” (Vincent, 2020, p. 16).

 

Figura 2 – Um lançamento certeiro exige que se faça uma boa pontaria ao alvo. Foto Greencatle 2021.

O objetivo do jogo é introduzir a bola no cesto, pontaria (Figura 2), e para isso são necessárias muitas horas de treino lançamento à máxima velocidade, para se aperfeiçoar a mecânica. A seleção dos lançamentos no jogo é outro aspeto essencial – há que ter a inteligência para procurar os lançamentos e as situações mais cómodas, bem como os locais de onde sabemos que teremos mais êxito. 

 E por último, como escreveu o Mestre Teotónio Lima:

 

“…é preciso ter pontaria. Um lançamento certeiro exige que se faça uma boa pontaria ao alvo, o cesto, e que o lançador se concentre no aro antes, durante e depois do lançamento (Lima, 2014, p. 148)

 

O basquetebol manifesta-se e afirma-se por intermédio de uma estrutura que integra os jogadores. Essa estrutura é a equipa. o jogador não existe sem equipa e a equipa não existe sem jogadores.  

Construir uma equipa pressupõe que jogadores e treinador se envolvam num esforço coletivo e cooperativo. 

O jogador tem de se ajustar á equipa e aos seus companheiros. 

 

A atitude é sempre importante

 

Segundo Alderete Vincente, de nada vale ter técnica se a mesma não for acompanhada da atitude do jogador. 

 

Figura 3 – Luta pela bola perdida. Foto Coachesclipboard 2021.

 

“Um jogador indolente não se atira ao solo, Figura 3, na tentativa de ganhar a posse de bola ... esse jogador já era assim com oito anos e continuará a ser assim com dezoito. Poderá até ser um dos melhores tecnicamente, mas continuará a ser indolente.  

Já um jogador agressivo com a bola motiva tudo e todos. 

 A diferença está na atitude e para esse tipo de jogadores criamos tarefas competitivas e damos “feedbacks” positivos.  

Se conseguimos que os jogadores compitam em cada exercício, acenderemos a chama do jogo. Acima dos aspetos técnicos deve estar a atitude.  

Primeiro desenvolvemos a atitude e depois introduzimos os aspetos técnicos(Vincent, 2020, p. 25).

 

Eu dizia muitas vezes, como a maioria dos treinadores, quando as coisas não corriam bem: “A equipa/jogador não tem atitude”. 

Mas será que treinamos a atitude ou apenas nos queixamos da falta dela? 

Considero que ter atitude está ao alcance de todos os jogadores que queiram, desde que lhes demos as ferramentas adequadas. 

Ter atitude no desporto significa ter disposição, vontade e desejo de querer algo. Para isso, os jogadores devem estar atentos, envolvidos, comprometidos e com vontade de trabalhar. 

 

Treino analítico para a melhoria da técnica

 

Alderete segue a via analítica no ensino dos fundamentos básicos: 


“Se vejo que há um jogador que não dribla de forma adequada utilizo exercícios analíticos estáticos tradicionais(Vincent, 2020, p. 25).

 

O debate entre os treinadores sobre o analítico e o cognitivo já não é novo e o confronto é normalmente entre antigos atletas, agora treinadores e os académicos com conhecimento, nas faculdades. 

Os mais “modernos” entendem que a repetição é um castigo e que só se aprende com a variabilidade. 

 

Figura 4 – Paco Seirul-lo, tido como pai da filosofia do jogo de Posição, foi o responsável por mudar a forma como se treina futebo. Foto Painel Tático 2022.

A conceção de treino denominada de Treino Estruturado (TE) foi criada pelo espanhol Seirul-lo Vargas, Figura 4. Inicialmente esta conceção começou por ser designada de Modelo Cognitivista, posteriormente foi alterada para Enfoque Estruturado (Miranda, 2022). Atualmente, há quem o designe por Modelo Cognitivo de Funcionalidade Sinérgica de Seirul-lo.  

Já “Robez”ajó tem opinião oposta, quando escreve que “necessitamos espaços de trabalho analítico nas primeiras etapas formativas, porque temos de introduzir gestos técnicos nos registos motores dos jovens(Rajó, 2013).

 

Acredito, contudo, que se aprende com a justa combinação e sequências corretas entre a repetição e a variação começando umas vezes por uma e outras por outra. 

 

O risco e caos para a melhoria

 

Figura 5– O caos do jogo de basquetebol. Foto JR NBA 2023.

 

“Devemos testar os jovens, metendo-as em problemas, Figura 5, senão não vão melhorar. Não estamos a arriscar nada, é apenas aprendizagem desportiva, por isso temos de correr riscos como forma de melhorar os atletas(Vincent, 2020, p. 27).

No meu ponto de vista, devemos encaminhar os jovens no treino para fazerem, nunca para não fazerem.  

Depois virão todas as situações criadas naturalmente ou provocadas pelos treinadores, que os jovens terão de resolver. Nesta dinâmica de resolução de problemas, melhoraram os jogadores. 

 

 A diversão no basquetebol

 

Do artigo de Roberto Rajó “Robez, escrito a partir do podcast: El Alma del Juego by Soul Basketball, conseguimos retirar muitas conclusões. Uma delas aponta para que: “o basquetebol não é jogado para diversão”. 

"A repetição é muito importante. O jogador não pode vir ao treino para se divertir, o basquetebol não é divertido. 

É importante aprender e aproveitar, com o suor, com o esforço, com o cansaço, com o ‘não aguento mais’, com a vontade e a capacidade de melhorar(Vincent, 2020, p. 91).

 

É estranho que tudo isto verbalizado pareça que vai contra o objetivo principal do trabalho com os mais pequenos. Todos os processos de ensino/treino têm momentos que não são divertidos e não podemos insistir para que sejam divertidos porque assim nada acontece.  

 

O jogador está feliz quando melhora (Figura 6).  

 

Os jogadores são pequenos, mas inteligentes. Se hoje fizerem algo melhor que ontem, se hoje o treinador lhes deu os parabéns por terem resolvido uma situação que não tinham entendido na semana passada, certamente voltam ao treino com entusiasmo e atitude positiva, porque sabem que vão melhorar naquilo que fazem, e essa é a maior diversão. 

 

Figura 6 – O basquetebol não é só diversão. Foto Mr Funny Basketball, 2021.

 

O basquetebol é um desporto individual praticado em equipa


Figura 7 – O basquetebol é um jogo coletivo. Foto Coastal Florida 2023.

“O basquetebol é um desporto onde a individualidade está acima do grupo, embora o grupo seja importante. É um desporto coletivo, (Figura 7), onde o indivíduo é parte fundamental do jogo. Um jogador apenas pode ressaltar e marcar um cesto de cada vez(Vincent, 2020, p. 16).

O artigo de “Robez” Rajó apresenta um exemplo simples do contra-ataque:

No trabalho de superioridade ofensiva no 2x1 temos de convencer o jogador de que a primeira opção é atacar o cesto e que, enquanto o seu defensor não estiver totalmente na frente, a sua obrigação é lançar ao cesto. Se aparece a defesa, é tempo de associar um passe. Mas o primeiro objetivo do jogo, e, portanto, do jogador. deve ser lançar” (Rajó, 2013). 

 Considero que a equipa é mais do que um grupo aleatório de indivíduos. Uma equipa de basquetebol consiste num pequeno grupo de pessoas, com competências complementares e unidas por um objetivo comum. 

 

O fracasso é a melhor aprendizagem…é falso

 

Fracassar é uma palavra temida por qualquer pessoa. Se admitir um erro é difícil, aceitar um fracasso é ainda pior. 

Alderete de forma radical diz que ”fracasso é fracasso porque não saiu bem. O fracasso só serve se voltares a tentar uma e outra vez(Vincent, 2020, p. 17). 

 

Figura 8 – Situação defensiva de sobremarcação na defesa ao jogador sem bola, com o objetivo de cortar a linha de passe. Foto JR NBA 2017.

 

Se o defesa em sobremarcação, (Figura 8), toma uma decisão arriscando demasiado e sofre um corte nas costas, isto é, um erro, mas não é um fracasso. 

O jogador tem de ter consciência que errou. Segundo Alderete, o treinador não deve dizer:

 

“Não há problema, não se passou nada. A aprendizagem tem por base o sucesso e não o fracasso. Só assim ficamos a saber que vamos no bom caminho” (Vincent, 2020, p. 17).

 

Considero que o fracasso faz parte, é normal, e necessário no desporto e sempre se disse que se pode aprende com os erros. 

No exemplo da defesa, as falhas são de execução, os erros de decisão. É o erro que nos leva a tentar resolver a mesma situação de uma forma diferente quando ela nos é apresentada novamente.  

Como diz Alderete: “isso cria novas ferramentas ou novas formas de aplicar ferramentas conhecidas(Vincent, 2020, p. 18).

 

Os pais são importantes, mas não devemos falar com eles sobre basquetebol

 

Figura 9 – Queremos jogar com estas regras. Foto Galapagar 2018.

É sabido que o treinador tem um papel fundamental no processo desportivo, junto dos pais, que frequentemente assumem atitudes e comportamentos incorretos (Figura 9). 

Ao treinador cabe a obrigação e a responsabilidade de tentar minimizar os efeitos negativos destas situações. 

Para não correr riscos Alderete limita a comunicação com os pais: 

“Os pais são o pilar mais importante, depois dos jogadores. 

 Alguns treinadores depois dos jogos fazem uma reunião tipo conferência de imprensa com os pais. Não devemos falar com os pais sobre basquetebol. Temos de educar os pais.”  

“Com os pais não devemos opinar sobre basquetebol, com eles falamos sim de questões socio-afetivas que impliquem os seus filhos e na sua relação com o jogo, os seus companheiros, e o meio onde está a equipa.  

O papel do treinador é o de detetar mudanças de comportamentos, atitudes, de carácter, que sinalizem problemas e assim podemos ajudar os pais(Vincent, 2020, p. 91).

Parece-me, contudo, que a solução mais moderada do Prof. Olímpio Coelho é mais coerente com o escalão: 

 

“Se algum encarregado da educação quiser opinar sobre o que deve ser feito (“se eu fosse treinador…”), o treinador deve ouvi-lo educada e serenamente e agradecer-lhe os comentários e sugestões” (Coelho, 2012, p. 82).

 

Pensar vs Executar 

 

Figura 10. Nikola Jokić joga sem pensar. Foto USA TODAY Sports 2023.

As ideias de J.L. Alderete são aplicadas no minibasquete: 


“Uma criança não precisa de pensar enquanto joga, ela é um executor. Aos treinadores compete dar-lhes ferramentas para executar. Se tem a bola tem de ir para o cesto, se não a tem deve ir em frente. Quanto mais eles pensam, pior serão no futuro
(Vincent, 2020, p. 27).

Considero que o minibasquete é um período formativo onde os jovens devem atacar o cesto sem muita reflexão, (Figura 10), nem pausas, tratando de resolver técnica e taticamente tudo que vão encontrando no caminho para o cesto. 

Não parar depois de receber a bola é uma técnica, no jogo atual, muito em voga. 

Compete ao treinador ajudar o jogador com bola a ler o jogo e as situações variadas e aleatórias que o jogo contém. 

 

Os jovens têm de ser egoístas   

 

Figura 11. Jovem com a sua bola. Foto Breakthrought 2009.

J.L. Alderete não tem dúvidas em fomentar o individualismo no minibasquete:  


“Até que um jovem saiba que algo é seu não vai compartir nada. A bola é sua, por isso quando joga tem de ser capaz de ser egoísta (Figura 11). 

Não estás a criar uma equipa, estás sim a criar cinco jovens que querem jogar basquetebol, que desejam ter a bola nas mãos e que quando ela chegar vão criar coisas(Vincent, 2020, p. 27).

Na minha opinião. concordo que no minibasquete devemos criar jogadores agressivos e verticais. Com esta atitude melhorarão o drible, as finalizações com a ideia de chegarem ao cesto, e o passe, em situações incomodas e reais de jogo, quando a defensa consegue pará-los. 

 

Um contra um como estrutura de jogo 

 

Figura 12. Jogar 1x1. Foto Youngbloods 2018.

José Luis Alderete não tem muitas dúvidas relativamente à forma como devem atacar os mais jovens: 


“Para que vou inverter o lado da bola se com o um contra um posso criar sempre uma vantagem?(Vincent, 2020, p. 69).

Considero que o um contra um deve ser a base do jogo de ataque no Minibasquete.  

Em vez do habitual passe e corte, o estilo de jogo deveria ser dividir com o drible para atacar o cesto e passar depois se não tem êxito na penetração. 

Para jogar a partir do 1x1, (Figura 12), do jogador com bola, os treinadores devem ensinar também o “spacing” adequado dos restantes jogadores implicados no ataque, de forma a facilitar essa ação. 

Conquistada a vantagem o jogador procura o seguinte, ataca e não para. 

Como o contacto está sempre presente, tanto no ataque como na defesa, os jogadores devem treinar as finalizações contacto permanente senão é melhor treinarmos voleibol. 

 

Se não driblas, não és autónomo

 

Figura 13. Drible em liberdade. Foto Brooklyn Nets 2023.

 Para Alderet o manejo bola e o drible são ferramentas essenciais: 

 

“O passe não está acima do drible nas categorias de formação. O drible, (Figura 13), é o que permite que o jogador se movimente livremente pelo campo(Vincent, 2020, p. 84).

No meu ponto de vista, o jogo de passes é um ideal que não existe no minibasquete. Recorrendo apenas aos passes, à força e à técnica é impossível chegar ao meio-campo de ataque ou conseguir aí resolver uma situação provocada pela defesa. 

Quando os treinadores têm consciência disso, passam a ter de dar ferramentas aos jogadores, para que com o recurso ao drible, o jogo se torne fluido. 

 

A bola é nossa… 

 

Figura 14 - A bola é minha. Foto Jr NBA 2023.

Na defesa J.L. Alderete segue a filosofia da Catalunha: 

“Não sei por que se chama defesa. O objetivo básico é recuperar a bola. Não interessa se lançou mal ou perdeu a bola, o que é preciso é recuperar a bola. O jovem deve ter a fixação absoluta na cabeça de que se não tiver a bola terá de recuperá-la o mais rápido possível(Vincent, 2020, p. 94).

Considero que as equipas defendem para fazer o ataque errar e assim recuperar a posse de bola. 

A intenção dos cinco jogadores é ter a bola para poder atacar, não ficando à espera que o adversário lhe entregue a bola por um mau passe, um mau drible ou um lançamento errado.  

Com este pensamento a agressividade geral da equipa vai aumentar.

“A bola é nossa”, (Figura 14), mesmo que seja a outra equipa que a tenha, é a ideia a implementar cedo nos jovens, de forma a serem competitivos. 

A este objetivo, devemos somar outro: “Defesa livre”. Uma ideia com a qual os jovens aprendem a ler as situações de jogo e a decidir qual a melhor opção defensiva, em cada momento.  

 

Conclusão

Alderete já recebeu muitas reações ao livro: 

"Quem leu o meu livro diz que foi obrigado a pensar sobre muitas das minhas ideias como treinador de basquetebol.  

Que o livro tem muitos “highlights”, de comentários que ajudam ao debate...", comenta o técnico, que aclara ainda: "Até que ponto a minha metodologia funciona? Não sei... Mas para mim está claro que os jogadores que passaram pelas minhas mãos são capazes primeiro de jogar um contra um de forma muito ambiciosa, muito agressiva, jogando sem medo de lançar, entrar para o cesto, etc... Foram jogadores e jogadoras muito ambiciosos, sem medos, jogando sempre com a cabeça levantada e com a capacidade de criar jogo" (Alderete, 2023).

 Um sistema de trabalho que partiu da sua experiência no campo: 

 

"Pouco a pouco fui evoluindo e conclui que se não damos o protagonismo aos jovens na aprendizagem pouco aprende. 

No livro refiro o número de jogadores menores de 20 anos que chegam à ACB. Há muito poucos. Algo não está a funcionar(Vincent, 2020, p. 13).

Se queres saber mais da filosofia deste treinador, nada melhor que comprar o livro, “Viva el caos”. 

O que garanto é que relata uma experiência diferente do ensino do jogo.  

Poderás estar mais ou menos de acordo, mas não vais ficar indiferente.  

 

 

Referências: 

 

Alderete, J. L. (2023). El Alma del Juego. Retrieved September 17, 2023, from https://open.spotify.com/episode/0N2aRt7rkMPEFSTu45N5hb?si=Y0Z-JIcFTqmAZGfV_PAQhw&nd=1

Coelho, O. (2012). Manual de Curso d e Treinadores de Grau 2: Pedagogia do Desporto. IPDJ. Retrieved from https://ipdj.gov.pt/documents/20123/123444/GrauII_02_Pedagogia.pdf/e2127f13-d9f7-da23-bb2a-c9cdf84853d0?t=1574941714969

Lima, T. (2014). De jogador a treinador: um contributo para a história do treino e da pedagogia do desporto. Lisboa, Portugal: Visão e contextos.

Miranda, L. (2022). Paco Seirul-lo, o revolucionário preparador físico que o Barcelona demitiu após 46 anos. Retrieved December 17, 2023, from https://ge.globo.com/blogs/painel-tatico/post/2022/07/17/paco-seirul-lo-o-revolucionario-preparador-fisico-que-o-barcelona-demitiu-apos-46-anos.ghtml

Rajó, R. (2013). Viva el caos. Lecciones de JL Alderete que debemos aplicar al minibasket. Retrieved December 17, 2023, from https://2sesenta.com/viva-el-caos-lecciones-de-jl-alderete-que-debemos-aplicar-al-minibasket/

Vincent, J. L. (2020). Viva el caos: Baloncesto en estado puro desde los 11 a los 16 años (Spanish Edition). Autor.


por Mário Silva

23-12-2023








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