Este tema, representa há muito uma das
preocupações principais dos treinadores. O que, naturalmente, tem originado uma
busca incessante das respostas necessárias.
Tudo começou com um aprofundar
continuado das necessidades de retornos (feedback) intrínsecos e
extrínsecos, gerindo de forma eficaz as expectativas que cada atleta possuía
face aos seus desempenhos.
Seguiu-se a necessária preparação para
aquilo que era esperado e a necessidade de prepararem aqueles que lideravam
para saberem gerir o inesperado e conseguirem compatibilizar o mais e o melhor
possível, os objetivos individuais com os coletivos.
Idem quanto a procurarem regulamentar a
vida coletiva, eliminando o medo de errar e fomentando uma vontade constante de
arriscar e experimentar novas formas de abordagem de uma realidade cada vez
mais turbulenta.
Ainda a grande novidade de então!
A necessidade de em tudo o que
respeita ao desempenho social, familiar e profissional dos seus atletas ser
fundamental que estivessem, não só enérgicos de um ponto de vista físico, mas
também emocionalmente convincentes, mentalmente focados, socialmente empáticos
e espiritualmente alinhados e ambiciosos face aos objetivos pessoais e
profissionais que perseguiam.
Sujeitos diariamente a constantes e
imprevisíveis mudanças, conviveram, entretanto, treinadores e atletas com
climas de trabalho cada vez mais exigentes e fatigantes, que os diminuem
física, emocional, mental, social e espiritualmente, provocando naturais perdas
de foco e eficácia. O que naturalmente deu origem a que no treino de alto
rendimento tivessem continuado esforços diversos precisamente com o objetivo de
corresponderem às necessidades colocadas por uma realidade competitiva cada vez
mais exigente.
Com um natural cuidado especial, na
abordagem de tudo o que às emoções e respetivos sentimentos dizia respeito,
aprofundando o que seria o mais eficaz para atletas e treinadores em geral
conseguirem desempenhos o mais empenhado possível, numa continuada interação
entre a emoção e razão.
Mais recentemente, ficou claro que a
emoção precede sempre a cognição e que o comportamento de atletas e
treinadores não era um processo mecânico provocado por estímulos exteriores,
mas sim uma experiência sensorial aberta ao mundo exterior e interpretada
através de uma filosofia dialética da existência. Também que os atos
humanos não têm significado em si mesmos e só se compreendem referenciando-os
às condições do meio ambiente que os motivaram. E que a perceção desses atos
humanos tem o duplo carácter de visar as respetivas intenções e apreendê-las
como realidades experimentadas.
Mesmo assim, sendo tudo isto do
conhecimento geral, só alguns, (muito poucos!), treinadores alcançam o sucesso.
O que permite concluir. Afinal não basta
saber! Como assim?
Explico...
Eles, os atletas estão sempre a olhar e
os treinadores estão sempre a comunicar... mesmo quando não falam!
O que significa que o comportamento
diário do treinador face aos seus atletas, constitui uma mensagem diária que se
sobrepõe a tudo o resto!
Não basta, portanto, a "técnica e a
tática", mesmo acompanhadas pela mais atualizada preparação condicional.
Não é também suficiente ter entendido tudo que as emoções e aos sentimentos
diga respeito.
A alguns, (muitos!), falta-lhes o
essencial.
Serem emocionalmente convincentes a
ponto de conseguirem disponibilizar atletas e equipas para os muitos
sacrifícios que lhes são exigidos.
No fundo, entre todas as mensagens que
se esforçam por transmitir, falta a mais importante.
Merecerem a confiança de atletas,
colegas treinadores, dirigentes, jornalistas, adeptos, público em geral, a
ponto de serem credíveis na respetiva mobilização da motivação.
E quando digo credíveis, naturalmente,
pretendo significar... exemplos ... ou seja... merecedores do respeito e
consideração... mesmo dos que em determinados momentos (ou quase sempre!) não
estão de acordo com eles.
25-06-2019
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