Quero
transmitir ideias baseadas em experiências pessoais e no que acredito e penso
ser possível, sem pretensões de passar receitas.
Tudo
isto, experiências criadas com os tempos em conjunto com colegas, na Época com
mais experiência e outros momentos, em que nos fomos cruzando com a
oportunidade de trocar ideias.
Não é
segredo que a atividade desportiva é fundamental e essencial para a saúde e o bem-estar
do ser humano. Para as crianças é uma prática saudável e recomendável. Por
isso, temos que lhes criar o gosto pela modalidade.
Sempre
partilhei desta ideia e continuo a pensar: que iniciativas; que pôr “BOLAS” nas
mãos dos jovens; e que iniciação e quantidade precisam-se e só através desses
princípios e iniciativas, mais tarde, teremos a qualidade, nunca deixando para
trás os menos aptos, pois há lugar para todos.
Ao
nível local, as Associações, os Clubes, as Escolas e em parceria com o poder
local, aproveitando os campeonatos nacionais seniores masculino e feminino,
devem realizar pontualmente concentrações de jogos dos respetivos campeonatos e
também investirem na realização de um conjunto de iniciativas direcionadas à
população mais jovem.
Os campos,
os lugares e recintos ao ar livre e os Pavilhões
devem permanecer abertos todo o ano.
É um
processo difícil, desafiador e trabalhoso, mas motivante, pela competitividade
e investimento que promove. Estas iniciativas carecem sobretudo de uma estrutura
organizada, de quem é responsável pela realização desses campeonatos e dos
clubes intervenientes. Mas que tem um só propósito, o reconhecimento cada vez
maior da nossa modalidade.
Com as
dificuldades inerentes à sua região, os Clubes devem ser apoiados pelas
Associações e pela Federação, o que é sempre mais fácil nos grandes centros. Mas
temos outras regiões sem
dimensão no Basquetebol sendo aí que vamos, com toda a certeza, recrutar e
proporcionar a muitos jovens o gosto pela modalidade: falo por experiência.
Presentemente,
acredito que podemos motivar atletas, Pais e Diretores, desses Clubes, que
estão vocacionados para outras modalidades, o que é possível desde que o apoio surja, de uma forma efetiva, das
Associações e da Federação.
Aproveitando as pausas escolares reunir os jovens num recrutamento aberto com um trabalho orientado, planificado e com conteúdos que venham a dotar esses mesmos jovens de qualidades e hábitos específicos.
Ainda no
Minibasquete, criar “Seleções”.
A criação destas minis seleções promove a
possibilidade, de através do espírito competitivo das camadas mais jovens,
poderem ser observadas competências e capacidades para a prática desta
modalidade.
Treinador/Educador
Precisamos
de Técnicos com paixão, conhecimentos e motivados.
Treinar
crianças não se pode reduzir ao simples ensino das questões de natureza técnica,
tática e física. O Treinador deve assumir um compromisso, adotando uma conduta exemplar
a ser seguida pelos atletas. Deverá ser um educador desportivo.
- Conciliar
o basquetebol com os Estudos
- Formas
de gostar de jogar Basquetebol
- Antes
de jogadas, ensinar a essência do jogo
- Critica
bem conduzida, corrigir e elogiar mais (reforço positivo)
- Desenvolver
a criatividade
- Não
excluir, incluir
- Incluir
os Pais no processo
FORMAÇÃO
Ao nível
das Associações: quadros competitivos equilibrados entre escalões.
O
tempo de Formação não é o tempo da Equipa A / Idade. Durante este período, é
necessário dar ferramentas aos jogadores para que vinguem e, quando forem
chamados aos seniores e profissionais, se lembrem que ainda continuam nesse
processo de crescimento e aprendizagem.
Querer
vencer, sim, mas treinar e jogar com serenidade e tranquilidade, para
desenvolverem em jogo aquilo que treinam. Formar jogadores inteligentes, com
capacidade de compromisso, que consigam vingar em qualquer contexto.
O desenvolvimento
individual do atleta deve-se a todos os que trabalham com ele. O Atleta tem de
começar a ter noção que quando treina ou joga é para ele conseguir alcançar os
melhores resultados individuais, num processo coletivo.
Tem de
haver motivação intrínseca, para que consiga alcançar patamares mais elevados.
Para a
Formação ser melhor é obvio, que a qualidade do “STAFF” à volta da Equipa e do
jogador tem que ser a melhor possível.
Tem
que haver: condições logísticas, apoios e tempos de treinos; Treinadores
motivados com um conhecimento multidisciplinar, conscientes das suas tarefas e
capacidades técnicas, com atributos para cativar ao máximo o seu atleta, de
modo que este adquira um comportamento de satisfação e gosto por aprender – a
comunicação é um dos fatores essenciais que leva à motivação do jovem atleta.
Se não
temos melhores resultados, na nossa Seleção Sénior, não é com certeza por falta
de qualidade dos Treinadores dos Clubes.
Na
nossa competição Sénior denominada LP, no meu ponto de vista, tem que existir
uma grande sustentabilidade ao nível do marketing, para que seja possível
desenvolver um projeto garantidamente vencedor ao nível da Liga Profissional e
com a corresponsabilização de todos os agentes.
Precisamos
de vender o nosso “produto”, mais jogos, pontos altos.
Competir
para ganhar, trabalho em conjunto, aproveitar todos os recursos humanos e
condições e seremos bem melhores.
por João Jaime Moutinho
28-03-2021