Ideias para o Basquetebol - por João Jaime Moutinho


Quero transmitir ideias baseadas em experiências pessoais e no que acredito e penso ser possível, sem pretensões de passar receitas.

Tudo isto, experiências criadas com os tempos em conjunto com colegas, na Época com mais experiência e outros momentos, em que nos fomos cruzando com a oportunidade de trocar ideias.

Não é segredo que a atividade desportiva é fundamental e essencial para a saúde e o bem-estar do ser humano. Para as crianças é uma prática saudável e recomendável. Por isso, temos que lhes criar o gosto pela modalidade.

Sempre partilhei desta ideia e continuo a pensar: que iniciativas; que pôr “BOLAS” nas mãos dos jovens; e que iniciação e quantidade precisam-se e só através desses princípios e iniciativas, mais tarde, teremos a qualidade, nunca deixando para trás os menos aptos, pois há lugar para todos.


Perguntamos: Como?

Ao nível local, as Associações, os Clubes, as Escolas e em parceria com o poder local, aproveitando os campeonatos nacionais seniores masculino e feminino, devem realizar pontualmente concentrações de jogos dos respetivos campeonatos e também investirem na realização de um conjunto de iniciativas direcionadas à população mais jovem.

Os campos, os lugares e recintos ao ar livre e os Pavilhões devem permanecer abertos todo o ano.

É um processo difícil, desafiador e trabalhoso, mas motivante, pela competitividade e investimento que promove. Estas iniciativas carecem sobretudo de uma estrutura organizada, de quem é responsável pela realização desses campeonatos e dos clubes intervenientes. Mas que tem um só propósito, o reconhecimento cada vez maior da nossa modalidade.

Com as dificuldades inerentes à sua região, os Clubes devem ser apoiados pelas Associações e pela Federação, o que é sempre mais fácil nos grandes centros. Mas temos outras regiões sem dimensão no Basquetebol sendo aí que vamos, com toda a certeza, recrutar e proporcionar a muitos jovens o gosto pela modalidade: falo por experiência.

Presentemente, acredito que podemos motivar atletas, Pais e Diretores, desses Clubes, que estão vocacionados para outras modalidades, o que é possível desde que o apoio surja, de uma forma efetiva, das Associações e da Federação.

Aproveitando as pausas escolares reunir os jovens num recrutamento aberto com um trabalho orientado, planificado e com conteúdos que venham a dotar esses mesmos jovens de qualidades e hábitos específicos.

Ainda no Minibasquete, criar “Seleções”.

A criação destas minis seleções promove a possibilidade, de através do espírito competitivo das camadas mais jovens, poderem ser observadas competências e capacidades para a prática desta modalidade.

 

Treinador/Educador

Precisamos de Técnicos com paixão, conhecimentos e motivados.

Treinar crianças não se pode reduzir ao simples ensino das questões de natureza técnica, tática e física. O Treinador deve assumir um compromisso, adotando uma conduta exemplar a ser seguida pelos atletas. Deverá ser um educador desportivo.

  • Conciliar o basquetebol com os Estudos
  • Formas de gostar de jogar Basquetebol
  • Antes de jogadas, ensinar a essência do jogo
  • Critica bem conduzida, corrigir e elogiar mais (reforço positivo)
  • Desenvolver a criatividade
  • Não excluir, incluir
  • Incluir os Pais no processo

FORMAÇÃO

Ao nível das Associações: quadros competitivos equilibrados entre escalões.

O tempo de Formação não é o tempo da Equipa A / Idade. Durante este período, é necessário dar ferramentas aos jogadores para que vinguem e, quando forem chamados aos seniores e profissionais, se lembrem que ainda continuam nesse processo de crescimento e aprendizagem.

Querer vencer, sim, mas treinar e jogar com serenidade e tranquilidade, para desenvolverem em jogo aquilo que treinam. Formar jogadores inteligentes, com capacidade de compromisso, que consigam vingar em qualquer contexto.

O desenvolvimento individual do atleta deve-se a todos os que trabalham com ele. O Atleta tem de começar a ter noção que quando treina ou joga é para ele conseguir alcançar os melhores resultados individuais, num processo coletivo.

Tem de haver motivação intrínseca, para que consiga alcançar patamares mais elevados.

Para a Formação ser melhor é obvio, que a qualidade do “STAFF” à volta da Equipa e do jogador tem que ser a melhor possível.

Tem que haver: condições logísticas, apoios e tempos de treinos; Treinadores motivados com um conhecimento multidisciplinar, conscientes das suas tarefas e capacidades técnicas, com atributos para cativar ao máximo o seu atleta, de modo que este adquira um comportamento de satisfação e gosto por aprender – a comunicação é um dos fatores essenciais que leva à motivação do jovem atleta.

Se não temos melhores resultados, na nossa Seleção Sénior, não é com certeza por falta de qualidade dos Treinadores dos Clubes.

Na nossa competição Sénior denominada LP, no meu ponto de vista, tem que existir uma grande sustentabilidade ao nível do marketing, para que seja possível desenvolver um projeto garantidamente vencedor ao nível da Liga Profissional e com a corresponsabilização de todos os agentes.

Precisamos de vender o nosso “produto”, mais jogos, pontos altos.

Competir para ganhar, trabalho em conjunto, aproveitar todos os recursos humanos e condições e seremos bem melhores.


por João Jaime Moutinho

28-03-2021


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