A pesca, a gastronomia e o basquetebol - por Humberto Gomes

Permitam-me que neste pequeno "ensaio", me possa espraiar um pouco no plano pessoal.

Peço-vos que não me desejem boa pesca - dá azar, enfega... -, mas antes boa sorte !

É o que habitualmente solicito aos meus companheiros, quando na proximidade do desempenho de algumas tarefas, sobretudo as relacionadas com a arte (com referências e com conhecimento de causa) e ofício de ter de comentar algum jogo ou de desempenhar funções ao nível da formação de treinadores.


Como agora estará prestes a acontecer com os (novos) conteúdos dos cursos de treinadores de grau I, a serem desenvolvidos e para aplicar "no terreno", desde já, dando sequência ao programa PNFT do IPDJ, que a FPB/ENB remodelou.

Conteúdos que, ao não serem identificados, interiorizados e vivenciados pela generalidade dos treinadores no ativo, incluindo, mesmo, os de grau II, muito dificilmente não irão ficar "fora de prazo" no que à aquisição de (melhores) conhecimentos diz diretamente respeito. Atrevo-me, consciente e responsavelmente, a opinar, tornando extensivo, que para além dos diretamente interessados - os treinadores -, igualmente os dirigentes dos clubes e restantes agentes da modalidade, ao não se assumir essa responsabilidade, estar-se-á eventualmente a vender "gato por lebre" aos elementos fundamentais do jogo - os atletas ! -.

Referir, porque a propósito, que já, a quando da realização do último curso de grau I no Algarve, cujo diretor foi o nosso companheiro prof./treinador Mário Silva, e no qual também participámos como preletor, havíamos anunciado a (grande) importância dos conteúdos que iriam ser ministrados, muito com origem numa das capitais do baloncesto de formação da vizinha Espanha, a Catalunha.

Situando-nos na pesca, como já, noutros tempos, o relacionámos com a gastronomia, em conjugação com o basquetebol, facilmente concluiremos tratar-se de um processo. Quantos fatores (incluindo o da complexidade, no preparo para a atividade) não estarão implicados na arte de pescar, para atingirmos o objetivo de apanharmos peixe ? Só para identificar, alguns : está-se devidamente habilitado/qualificado para pescar, qual o local escolhido, se embarcado, tem combustível suficiente para a faina, que condições de segurança e climatéricas vai encontrar (sol, vento, chuva...), que material e apetrechos a utilizar, tipo de isca em função das espécies, é de conservar, ou não, vivo o peixe depois de capturado, não esquecer de lavar comida e água e por aí adiante...

Quando apanhamos peixe, ou, como quando em tempos idos, cozinhávamos, ter a convicção que tal não acontece por acaso ou por acidente, que o mesmo será dizer que quando conseguimos algum sucesso, na direção e orientação de uma equipa - outro processo, este com dimensão psicopedagógica -, num somatório de condutas (mais) assertivas, tal corresponderá a considerar que ter êxito será sinónimo de ter valor !

Valor que, face aos treinadores, significará manterem-se permanentemente atualizados, sendo que se revela manifestamente insuficiente (porque precário) utilizar o mesmo processo de quando, por exemplo, se tira a carta de condução de velocípedes, porque, uma vez tirada, fica válida para... sempre !

Na pesca, como na gastronomia ou no mais completo desporto de equipa : o basquetebol (!), e, por inerência, na vida decisivo se tornará, muito e sempre, ser-se capaz de utilizar os três saberes: Fazer, Ser e Estar !

E, a terminar este time out, sobre cujo conteúdo nos voltaremos um dia destes a debruçar, tenhamos a agulha da bússola bem orientada, e porque a propósito, requisitemos ao palco dos acontecimentos, de forma humilde e sem "holofotes acesos", algumas ideias/pensamentos:
  • De Auto Gélio: "Há pessoas que se apegam à sua opinião, não porque seja verdadeira, mas porque é a sua".
  • De Stephen Hawking: "O maior inimigo do conhecimento não é a ignorância, mas a ilusão do conhecimento".
  • Do nosso mestre - porque sábio ! - Teotónio Lima : "Um dos aspetos que mais deve cuidar o treinador é a de constante intercâmbio de opiniões com outros treinadores de maior experiência, para assim poder desenvolver os seus conhecimentos".
No último segundo, com uma bandeja concretizada, e numa referência, ao nosso príncipe poeta : "Não é pensando que somos, é sendo que pensamos" !

por Humberto Gomes
11-07-2021






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