O Papel Estrutural do Diretor Desportivo: Da Tradição à Excelência
Parte 1 –
Os modelos europeus e americanos
A
evolução do desporto tem vindo a acelerar a um ritmo exponencial, levando os
gestores das organizações desportivas a procurar constantemente novas formas de
obter vantagem competitiva.
Ao
analisar modelos de gestão no topo da indústria do desporto e do
entretenimento, verificamos que as principais organizações internacionais —
desde o futebol europeu até às grandes ligas profissionais dos Estados Unidos
(NBA, NFL, MLB, NHL), passando por ligas de diversas modalidades europeias —
partilham um traço comum: estruturas claras, hierarquizadas e fortemente
profissionalizadas.
Nestes
contextos, a liderança executiva e desportiva é geralmente assegurada pelo
Presidente ou CEO, seguido de um Vice-Presidente responsável pela(s)
modalidade(s), podendo existir ainda um Diretor de Operações (Operations,
para - no caso do basquetebol ou futebol) e um Diretor Desportivo (General
Manager).
Este último desempenha um papel central na implementação da estratégia desportiva, na construção do plantel, na gestão dos recursos humanos especializados e na preservação da coerência da cultura competitiva.
1. - Comparação
dos Modelos Europeus
Embora cada país apresente especificidades próprias, verifica-se uma convergência na existência de uma figura central: o Diretor Desportivo, dotado de autoridade e responsabilidade sobre toda a área desportiva.
1.1. - Espanha (La Liga e ACB)
- Elevado grau de profissionalização;
- Estruturas organizacionais inspiradas no modelo norte-americano;
Presidente
→
Diretor-Geral → Diretor Desportivo →
Treinador Principal.
O Diretor Desportivo assume um papel central, participando diretamente em:
- Contratações e scouting;
- Planeamento da época e definição do quadro competitivo;
- Relação institucional com federações;
- Desenvolvimento e consolidação da cultura de jogo.
-
Clubes como FC Barcelona, Atlético de Madrid e Real Madrid evidenciam uma
separação formal clara entre gestão institucional e gestão desportiva.
1.2. - Alemanha (Bundesliga e BBL)
- Estruturas fortemente orientadas para a eficiência e o planeamento estratégico;
- A figura do Sportdirektor ou Geschäftsführer Sport é essencial e prevista estatutariamente;
- Principais responsabilidades do Sportdirektor:
o
Planeamento desportivo e definição da estratégia
competitiva;
o
Desenvolvimento e valorização de jogadores;
o
Estruturação e otimização de processos internos;
o
Relação institucional com a federação;
o Controlo de qualidade e coerência da cultura desportiva;
- O treinador principal concentra-se exclusivamente na vertente técnica e competitiva, sem acumular funções de gestão estratégica.
1.3. - Inglaterra (Premier League e ligas profissionais)
- Modelo híbrido, mas sempre com a presença do Diretor Desportivo;
- Nos clubes mais bem estruturados, o treinador principal (head coach) não decide isoladamente sobre contratações: trabalha em estreita colaboração com o Diretor Desportivo, que define políticas, perfis de jogadores e prioridades estratégicas;
- Existe uma forte cultura de accountability, em que cada função é avaliada segundo métricas claras e objetivas.
1.4. - França (Ligue 1, LNB)
- Modelo organizacional semelhante ao alemão:
Presidente → Diretor-Geral → Diretor Desportivo → Comissão Técnica
- A função de Diretor Desportivo é fortemente valorizada pela Federação Francesa, sendo considerada um elemento estrutural da boa governação e da profissionalização dos clubes.
1.5. - Países Nórdicos
- Estruturas organizacionais tendencialmente mais horizontais, mas sempre com a presença de um Diretor Desportivo especializado por modalidade;
- Forte ênfase em processos estruturados, data-driven decision-making e estratégias de desenvolvimento a longo prazo.
Parte 2 –
A Realidade Portuguesa das Modalidades
2. -
Realidade Portuguesa nas Modalidades
Em
Portugal, observa-se frequentemente um afastamento das boas práticas europeias:
- Os
principais clubes — umbilicalmente ligados ao futebol — organizam-se sob a
tutela de um Diretor-Geral das Modalidades, função transversal e não
especializada;
- Os
modelos estruturais variam significativamente: em alguns casos existe um
vice-presidente responsável pelas diferentes modalidades, que trabalha em
articulação com um ou mais diretores-gerais; noutros, um vogal assume a
coordenação, cabendo ao diretor-geral a liderança desportiva;
- Na
cadeia de comando podem ainda surgir um diretor ou coordenador da
modalidade e, na base da estrutura, um team manager — herdeiro da antiga
figura do seccionista —, que acompanha diariamente a equipa e assegura
tarefas de organização administrativa e logística;
- A
figura do Diretor Desportivo está, na maioria dos casos, ausente;
- Apenas
em alguns clubes, onde uma modalidade poderá assumir maior peso desportivo
individualizado, já se observa a presença de um Diretor Desportivo
(exceções que confirmam a regra).
Principais
consequências:
- Falta
de controlo na execução do plano estratégico da modalidade;
- Dificuldade
em assegurar que a cultura organizacional se reflita no trabalho diário
das equipas;
- Ausência
de conhecimento técnico aprofundado e de capacidade de avaliação
específica por modalidade;
- Menor
acompanhamento diário das equipas;
- Débil
ligação ao ecossistema competitivo (federações, associações,
regulamentos);
- Incoerência estrutural face às práticas do futebol nacional e das principais ligas europeias.
3. -
Questões Estruturais Relevantes
Coloca-se
então uma questão: se os modelos de referência mundial — principais ligas
europeias e norte-americanas — integram sempre um Diretor Desportivo como
garante da estratégia da modalidade…
- Porque
razão as modalidades em Portugal mantêm modelos divergentes, menos
especializados e com menor responsabilização?
- Que
vantagens existem num modelo em que o treinador assume uma influência
estruturante, sem ser complementado por uma liderança desportiva
especializada?
- E,
no caso de despedimento do treinador, quem assegura a continuidade da
cultura do clube, da gestão estratégica da organização e do programa de
desenvolvimento de jogadores?
A
ausência de alinhamento com organogramas de referência internacionais pode
sugerir falta de visão estratégica e comprometer a sustentabilidade competitiva
a médio e longo prazo.
Parte 3 - Proposta de Organograma
Padrão para a Gestão de Modalidades
4.
Proposta de Organograma Padrão para a Gestão de Modalidades
Apresenta-se,
em seguida, um organograma de referência, concebido em alinhamento com as boas
práticas internacionais e adaptável à realidade portuguesa. Este modelo procura
garantir uma gestão integrada, transparente e eficiente das modalidades
desportivas.
Organograma Padrão
4.1.
Presidência / Direção Institucional
- Responsável pela definição da visão
estratégica global do clube;
- Assegura a governação, a ética, a
sustentabilidade financeira e a transparência organizacional;
- Representa o clube junto de parceiros,
federações e entidades externas, reforçando a credibilidade institucional.
4.2.
Diretor-Geral / CEO do Clube nas Modalidades
- · Coordena todas as áreas operacionais relacionadas com as modalidades;
- · Garante a execução da estratégia aprovada pela Presidência;
- ·
Atua como elo de ligação entre a Direção
Institucional e os departamentos desportivos, promovendo a coerência e a
eficiência organizacional.
4.3 –
Liderança do departamento de cada modalidade
- · Diretor
Desportivo
o
Responsável pela gestão desportiva e operacional
da modalidade específica, respeitando a identidade e alinhamento das diversas
equipas e departamentos;
o
Construir a equipa, definindo saídas e renovação
de jogadores e staff, bem como o desenvolvimento de atletas, ligação entre
formação e equipa principal e scouting;
o Coordena a equipa técnica e assegura a articulação com o Diretor-Geral, garantindo alinhamento estratégico e operacional.
ÁREA
DESPORTIVA (modalidades)
4.2.1. - Diretor-Geral
das Modalidades / Diretor de Operações da Modalidade (Sports Operations Manager
/ Director)
O
Diretor-Geral das Modalidades desempenha um papel central na estrutura
organizacional do clube.
Compete-lhe
contribuir para a definição da visão estratégica de longo prazo, assegurando
que cada decisão se inscreve num horizonte de sustentabilidade e crescimento.
Para além
disso, assume uma função essencial na coordenação, gestão e desenvolvimento de
todas as atividades desportivas, garantindo que cada modalidade se integra de
forma harmoniosa no projeto global da instituição.
A sua
missão passa também por assegurar o alinhamento entre o ADN do clube e as
especificidades próprias de cada modalidade, promovendo coerência institucional
sem comprometer a identidade competitiva que distingue cada área.
Principais
responsabilidades do Diretor-Geral das Modalidades:
- Coordenar
o conjunto das modalidades, garantindo uma gestão integrada, eficiente e
transparente;
- Ser
responsável por processos internos, regulamentos, logística e pela relação
institucional com federações e associações;
- Garantir a ligação entre a visão institucional e a estratégia desportiva, promovendo alinhamento entre objetivos macro e especificidades de cada modalidade;
- Facilitar a comunicação entre modalidades, fomentando sinergias e evitando redundâncias;
- Gerir os orçamentos de cada modalidade, controlando custos, maximizando a rentabilidade e assegurando o uso eficiente dos recursos;
- Selecionar, contratar e avaliar o desempenho dos diretores desportivos, garantindo qualidade, profissionalismo e accountability;
- Inspirar e liderar as equipas, promovendo a cultura e os valores do clube;
- Supervisionar a gestão das infraestruturas, assegurando condições adequadas para treino e competição;
- Garantir que todas as modalidades operam em conformidade com regulamentos federativos e legislação em vigor;
4.3.1. - Diretor
Desportivo (Sporting Director/General Manager)
A função
de Diretor Desportivo sofreu uma evolução significativa, passando de um perfil
predominantemente administrativo e operacional para um papel de liderança
transformacional.
Atualmente,
esta posição exige não apenas clareza estratégica e conhecimento profundo da
modalidade, mas também elevada literacia em comunicação, competências interpessoais,
domínio dos regulamentos e inteligência emocional.
O Diretor
Desportivo deve ser capaz de gerir a si próprio e aos outros, atuando sob
pressão, liderando com propósito e transmitindo confiança.
Tradicionalmente,
o Diretor Desportivo é responsável pelo desempenho desportivo da organização,
desempenhando um papel central ao orquestrar a visão de médio e longo prazo,
integrar departamentos, proteger a cultura institucional e garantir a
continuidade em contextos de mudança. A sua ação contribui para o sucesso
competitivo do clube e para a salvaguarda dos investimentos realizados.
A adoção
de novos modelos de gestão desportiva pode ser entendida como uma inovação
organizacional. Quando bem-sucedida, esta rutura confere às instituições uma
vantagem competitiva face às organizações que permanecem ancoradas em práticas
tradicionais.
Uma das
principais razões para a contratação de um Diretor Desportivo profissional
reside na necessidade de reduzir a turbulência em torno da equipa — jogadores e
treinadores — assegurando continuidade na cultura, filosofia de gestão,
utilização de recursos e demais áreas de intervenção.
Parte 4 –
A construção da equipa pelo Diretor Desportivo
5. -
Diretor Desportivo
O Diretor
Desportivo no basquetebol é um profissional dotado de uma ampla mescla de
competências. Assume funções executivas, avalia e julga talento, desempenho e
resultados, mas, acima de tudo, trabalha com pessoas, procurando retirar delas
o que de melhor que têm para oferecer. O seu papel exige uma liderança capaz de
motivar, valorizar e unir o grupo de trabalho em torno dos objetivos definidos.
Entre as
suas competências, a mais visível será, sem dúvida, a capacidade de construir
um plantel competitivo que permita alcançar vitórias — este é o grande desafio
que distingue o Diretor Desportivo.
Ao pensar
na construção de um plantel, é necessário considerar múltiplos aspetos e
variáveis que assegurem a formação de uma unidade sólida e coesa: uma
verdadeira equipa.
5.1. -
Construir uma equipa
O Diretor
Desportivo deve preocupar-se com o crescimento positivo da equipa e investir no
desenvolvimento dos jogadores. A experiência do treinador é um recurso valioso
que o ajudará a avançar na construção de um sucesso sustentável a longo prazo.
Devemos
manter o entusiasmo em continuar a trabalhar com os atletas, apoiando o seu
crescimento e desenvolvimento. Como equipa, é essencial assumir um compromisso
com uma abordagem colaborativa, capaz de criar um ambiente de responsabilidade
e de trabalho árduo, que nos permita melhorar a cada dia.
Por isso:
-
Precisamos de jogadores que se integrem na equipa;
- Com
potencial para evoluir, crescer e serem competitivos;
- Que
contribuam para a construção da cultura da equipa;
- Que se
identifiquem com uma cultura de excelência;
- Ganhar
nunca é fácil — exige esforço e resiliência;
-
Valorizamos jogadores que apreciem a competição, pois esta é a essência do
desporto, onde são testados física, mental e emocionalmente, e onde o
equilíbrio é fundamental;
-
Contudo, quando os jogadores se concentram apenas em competir, tornam-se
reativos. O que procuramos são atletas que tenham como foco o seu
desenvolvimento, tornando-se inovadores em campo;
- O
objetivo não é alcançarem a perfeição, mas sim serem melhores dia após
dia.
Quando
pensamos na escolha dos diferentes jogadores, temos de considerar a base de
partida:
- O
jogador integra uma equipa que já possui um modelo de jogo, demonstrando
competências para interpretar e desenvolver esse modelo ou, pelo
contrário, é contratado sobretudo pela sua capacidade de marcar pontos ou
dominar nos ressaltos, sendo nesse caso a filosofia de jogo ajustada em função
das suas características?
5.1.1. -
Caracterização de um jogador/atleta
Ao
caracterizar um jogador, devemos identificar:
- A sua
estrutura mental;
- A sua
capacidade física;
- A sua
habilidade com a bola (skills);
- O seu
conhecimento do jogo;
- O nível
da sua inteligência emocional;
5.1.2. -
O que se pretende perceber em relação ao jogador
- Que
tipo de compromisso assume com o sucesso individual e coletivo;
- Que
tipo de contributo acrescenta à equipa;
- Se é um
verdadeiro competidor;
- Se é um
ganhador;
- O que
já conquistou na carreira;
- Se
demonstra consistência;
- Se
exerce liderança;
- Se é
uma voz influente no balneário;
- Se os
outros jogadores o seguem.
5.1.3. –
Ganhar competições é difícil:
- É
essencial ter jogadores mentalmente competitivos;
- Que
saibam vencer;
- Que não
desistam;
- Que
joguem como campeões, com a atitude competitiva de campeões;
- Que não
demonstrem ter medo do momento, do local ou do adversário;
- Que integrem um núcleo suficientemente sólido para enfrentar a época com sucesso.
5.1.4. -
Perguntas finais a colocar
- Este
jogador encaixa-se no modelo de jogo do treinador?
-
Acrescenta qualidade à equipa?
- Faz a
diferença?
- É
realmente uma mais-valia para a equipa?
- Será
capaz de criar empatia com sócios, adeptos e fans?
- Temos
de saber dizer ‘não’ se o jogador não acrescenta valor à equipa;
Resumindo
Disciplina,
ética de trabalho, talento e espírito competitivo são pilares fundamentais para
o sucesso.
O jogo
revela sempre a verdade!
- Sobre
jogadores, equipas, treinadores e dirigentes
Notas:
1 – Neste
artigo, a forma como se dividiram as atitudes comportamentais dos jogadores foi
considerada adequada para os objetivos da mensagem.
2 – Não é
abordada a caracterização dos jogadores em termos técnicos.
Jorge Jesus, (citado em ESPN Brasil, 2019,10,10) “ele dava uma ênfase muito grande na parte tática. Ele costumava dizer: 'Do pescoço para baixo, os jogadores são todos iguais. A diferença está do pescoço para cima. O que diferencia o bom do excelente é a cabeça'.”
Conclusão
A análise
comparativa entre os modelos de gestão europeus e norte-americanos nas
organizações desportivas de topo evidencia (organizações de referência mundial
(futebol europeu e ligas americanas como NBA, NFL, NHL e MLB), um denominador
comum incontornável: a profissionalização da estrutura, a clareza na cadeia de
decisão e a existência de lideranças desportivas especializadas, com
responsabilidades bem definidas e sujeitas a métricas de desempenho objetivas.
Em ambos
os contextos, o sucesso competitivo sustentado resulta menos da improvisação e
mais da coerência organizacional, do planeamento estratégico e da separação
funcional entre governação institucional, gestão executiva e liderança
desportiva.
Nos
modelos europeus mais consolidados, bem como nas grandes ligas profissionais
dos Estados Unidos, o Diretor Desportivo (ou General Manager) assume um papel
nuclear na arquitetura da organização. É ele o garante da estratégia
desportiva, da continuidade da cultura competitiva e da coerência entre visão
de longo prazo e decisões de curto prazo.
O
treinador principal concentra-se na performance técnica e tática, enquanto o
Diretor Desportivo protege o projeto global da modalidade, assegurando
estabilidade mesmo em contextos de mudança de staff técnico.
Em
contraponto, a realidade portuguesa das modalidades revela, de forma
recorrente, estruturas menos especializadas, com funções difusas e excesso de
dependência do treinador enquanto figura estruturante.
A
ausência sistemática de Diretores Desportivos por modalidade fragiliza o
controlo estratégico, dificulta a avaliação objetiva do desempenho e compromete
a continuidade do projeto desportivo.
Este
afastamento das boas práticas internacionais traduz-se numa menor capacidade de
criar vantagem competitiva sustentável.
Neste
enquadramento, importa distinguir claramente os papéis e áreas de intervenção:
- O Diretor-Geral das Modalidades, atua
ao nível macro, garantindo alinhamento institucional, gestão de recursos,
cumprimento regulatório, articulação entre modalidades e ligação à
Presidência. A sua intervenção é transversal, estratégica e orientada para
a eficiência organizacional.
- O Diretor Desportivo, por sua vez, é o
líder especializado da modalidade. Compete-lhe definir a identidade
competitiva, construir e gerir o plantel, articular formação e alto
rendimento, liderar o scouting, apoiar o treinador e assegurar que
a cultura do clube se manifesta diariamente no trabalho da equipa.
No que
respeita à construção de uma equipa competitiva de excelência, o Diretor
Desportivo deve assumir prioridades claras e não negociáveis:
- Definição de uma identidade e cultura
competitiva – antes dos nomes, importa o “como”:
valores, ética de trabalho, exigência e compromisso coletivo.
- Alinhamento entre modelo de jogo e perfil de
jogadores – o talento individual só gera rendimento
quando integrado num modelo coerente e compreendido por todos.
- Avaliação holística do atleta –
não apenas competências técnicas e físicas, mas também estrutura mental,
inteligência emocional, capacidade de liderança e influência no grupo.
- Foco no potencial e no desenvolvimento –
jogadores com margem de crescimento, mentalidade de aprendizagem e
predisposição para evoluir diariamente.
- Criação de um núcleo duro competitivo –
atletas mentalmente resilientes, habituados à pressão, capazes de liderar
nos momentos críticos.
- Capacidade de decisão estratégica –
saber dizer “não” a jogadores que não acrescentam valor global, mesmo que
apresentem indicadores individuais atrativos.
- Continuidade e estabilidade do projeto –
proteger a equipa da turbulência externa e garantir coerência entre
épocas, independentemente de resultados conjunturais.
Em
síntese, tanto nos modelos europeus como no americano, a excelência competitiva
não é um acaso, mas o resultado de estruturas profissionais, lideranças
especializadas e decisões estratégicas consistentes.
A
afirmação plena do Diretor Desportivo nas modalidades portuguesas não deve ser
vista como um custo adicional, mas como um investimento estrutural
indispensável para elevar o nível competitivo, reforçar a sustentabilidade
organizacional e aproximar o desporto nacional dos padrões internacionais de
referência.
28/12/2025
António Pereira é ex-jogador de basquetebol da Associação Académica de Coimbra, e do Clube Académico de Coimbra (CAC), pelo qual se sagrou bicampeão nacional. Foi igualmente treinador da equipa sénior de basquetebol da Associação Académica de Coimbra (AAC), conduzindo-a à conquista do título de campeão nacional. Nesse período, liderou ainda uma digressão da equipa pelos Estados Unidos da América, onde competiu frente a universidades norte-americanas. Em 1984, orientou a equipa de juniores do Sport Clube Conimbricense alcançando a Fase Final nacional.
Foi
pioneiro em Portugal na observação, análise e caracterização de jogadores de
basquetebol, tendo a sua atividade de aconselhamento contribuído de forma
decisiva para a integração de várias centenas de atletas no campeonato
português e em competições africanos. Muitos destes jogadores alcançaram elevados
níveis de reconhecimento, através da conquista de títulos, do cumprimento de
objetivos coletivos e da obtenção de posições de relevo nos principais rankings
estatísticos da modalidade.
É
licenciado em Comunicação Organizacional, com especializações em Comunicação de
Marketing e Comunicação de Relações Públicas, e detém o grau de mestre em
Marketing e Comunicação. A sua dissertação de mestrado incidiu sobre a temática
“A Responsabilidade Social das Organizações Desportivas e dos Atletas
Profissionais: um estudo em Portugal e nos Estados Unidos da América”.
Desenvolve
atividade regular como autor e analista na área da Gestão do Desporto,
colaborando com diversos órgãos de comunicação social, entre os quais A Bola,
Diário de Coimbra e As Beiras, bem como em plataformas digitais
dedicadas ao basquetebol e à gestão desportiva.
Ao longo
da época de 2019/2020, publicou um estudo de referência sobre o basquetebol
português, no qual analisou diversas dimensões da gestão da modalidade, com
particular enfoque na comunicação e na análise do jogo, designadamente
nomeadamente a afluência média de adeptos por partida, variações pontuais de
resultados, bem como tempo de utilização de jogadores portugueses e
estrangeiros, entre outros relevantes.
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